Diversão

Boate em imóvel tombado na Esplanada Ferroviária abre as portas em fevereiro

Paula Maciulevicius | 28/10/2013 06:12
'On Eleven' vai funcionar nos fundos da casa tombada como patrimônio histórico na Calógeras. (Fotos: João Garrigó)
'On Eleven' vai funcionar nos fundos da casa tombada como patrimônio histórico na Calógeras. (Fotos: João Garrigó)

A casa pacata na rua Calógeras,na Esplanada Ferroviária, vai ganhar todo movimento de balada em 2014. Com previsão de abertura entre o final de janeiro e início de fevereiro, o prédio tombado como patrimônio histórico vai abrigar no terreno do fundo a boate ‘On Eleven’.

O investimento é da terra mesmo, um dos sócios é o empresário, dono da Cachaçaria Brasil, Fábio Bertoni, de 36 anos, que trouxe como inspiração as casas noturnas do Rio de Janeiro.

“Eu vejo na Lapa aquele monte de bar, restaurante e boate que são patrimônios históricos. A ideia é essa, dar uma função a esses patrimônios aqui”, compara.

O complexo foi escolhido depois de uma conversa com o dono do imóvel, há aproximadamente dois anos. De lá para cá a burocracia pautou o processo. Como se trata de uma obra tombada era preciso autorização e avaliação do projeto por parte dos órgãos municipal, estadual e federal.

“Na última semana eles se reuniram e mostraram interesse, devem estar liberando para a gente montar, 80% da boate já está pronta”, explica Fábio.

A proposta é misturar a modernidade de uma casa noturna com o patrimônio histórico da região, trazido pelos trilhos do trem da Noroeste Brasil. A boate em si está instalada ao fundo da casa da fachada do terreno, que numa segunda etapa, será transformada em restaurante.

A boate vai seguir as cores indicadas pelo Iphan, para não fugir dos tons originais das casas.

“O pessoal vai entrar e olhar o conjunto e enxergar na casa antiga o patrimônio histórico”, descreve o empresário.

O nome ‘On Eleven’ é uma homenagem a uma casa noturna de São Paulo que fechou há muitos anos, considerada uma referência no ramo. A boate vem com a ideia de ser eclética, com dois ambientes que vão oferecer DJ e bandas de pop rock ao vivo. “Ela vai conseguir abranger vários públicos. Vamos ter camarotes individuais e coletivos e vai funcionar dois dias na semana, na sexta DJ com lounge, house e música eletrônica e no sábado, o DJ e o segundo ambiente”, conta.

O trabalho das cores foi em cima das indicações do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Para não fugir dos tons originais das construções do complexo, foram usadas cores pastosas como caramelo, bege e branco.

A distância entre a boate e a casa tombada tem aproximadamente um metro. Além dos dois ambientes, o espaço vai oferecer fumódromo em área especial, para que o público não precise sair da balada para fumar.

Com capacidade para 300 pessoas, Fabio comenta que o preço de entrada vai estar dentro da média das demais casas noturnas de Campo Grande. “Eu não tenho isso de elitizar, quero que todo mundo vá e se divirta”, finaliza.

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