Diversão

Baile tem Gaga Funkeira, disputa de short mais curto e tremida invejável

Fim de semana teve o Paredão da Gaga, um baile funk para o público LGBTQIA+ onde a regra principal é alegria

Suzana Serviam | 04/10/2021 07:37


Apesar de ser 2021, não é novidade que preconceito ainda reina em alguns lugares. Há quem pense que ver alguém, especialmente mulher, dançando funk até o chão em festas é convite para o assédio.  Cansados disso, o público LGBTQIA+, finalmente, teve um pedido atendido: festa de funk exclusiva para eles.  A única regra era não tocar o estilo pop que geralmente rola nas baladas e nem deixar o preconceito passar pela portaria. 

O Paredão da Gaga Funkeira foi realizado no fim de semana com direito a competição de short mais curto da festa. Em cima da caixa de som, geral pôde se jogar na pista com segurança e sem medo de ser quem realmente é.

Mas o baile funk ferveu mesmo quando as "rabetas entraram em jogo" para o público definir quem chacoalhava melhor o bumbum e ainda tivesse a menor roupa de baixo.

Quem melhor performou foi a Theuss Lom, que levou o público à loucura com todo seu requebrado. Na hora da votação, não teve aplausos e gritos que tirassem seu prêmio de R$ 50,00. Funkeiros também agitaram a festa cantando ao vivo

Gaga Funkeira em frente ao seu paredão. (Foto: Suzana Serviam)
Gaga Funkeira em frente ao seu paredão. (Foto: Suzana Serviam)

O Paredão da Gaga veio para todos se sentirem à vontade no rolê. "Eu vi a necessidade das gays. Tenho muito amigo gay que vai em baile funk e acha um máximo, mas como que eu vou assim montada de drag? Não me sinto bem. As bichas pedem sempre para fazer festa só com funk, então, o baile aconteceu por conta disso", comenta.

A  comemoração pelo sucesso do evento não foi apenas da organização. Lanna Chaves, de 24 anos, além de se jogar na pista, comemorou a conquista longe dos rótulos quando se trata de música. "Ter esse espaço pra gente é um símbolo de vitória. A gente gosta também de funk, não é só de pop que vive um LGBT, gente", comentou. 

Apesar do evento ser segmentado, a bilheteria estava aberta para quem quisesse prestigiar o show e aprender sobre a cultura e representatividade das poderosas. Afro Queer, de 21 anos, também falou sobre a importância da inclusão. 

"É muito importante esse espaço pra gente valorizar nossos corpos, identidades e raças. Dar o nome no baile com respeito, amor e empatia com as pessoas. É o funk das bichas, das mona, das brava, das sapas, todo mundo é incluído aqui", finalizou.

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