Diversão

Artistas cobram sobrevivência das secretarias municipal e estadual de Cultura

Em reunião do Fórum de Cultura, artistas decidiram quais os pontos mais urgentes para o segmento a nível estadual

Thaís Pimenta | 14/11/2018 16:58
Reunião aconteceu na sede da Urgente Cia., na Esplanada Ferroviária, na noite de ontem. (foto: Thaís Pimenta)
Reunião aconteceu na sede da Urgente Cia., na Esplanada Ferroviária, na noite de ontem. (foto: Thaís Pimenta)

Cerca de 16 artistas da dança, do artesanato, das artes plásticas, do Carnaval e do teatro, estiveram ontem em reunião do Fórum de Cultura Estadual para discutir a importância de secretarias municipal e estadual de Cultura, após boatos da possibilidade de fechamento do órgão como parte do modelo que se quer implementar no País. 

Se com uma pasta só para a cultura no município e no Estado os artistas penam na briga por editais, o medo é que o setor seja esquecido de vez.  “Há uma conversa que estamos escutando pelos bastidores de que a cultura seria incrementada à educação e isso é uma coisa inadmissível. São prioridades diferentes e verbas diferentes, além de a Secretaria ser importante politicamente”, pontua o ator e diretor teatral Vitor Samúdio.

Artistas se mobilizam em prol da classe. (foto; Thaís Pimenta)

Por conta de todo esse burburinho, os artista cobram na prática o compromisso assumido pelo governador Reinaldo Azambuja, durante campanha eleitoral, de uma reunião com a classe para discutir os “erros da gestão” para não repeti-los.

“Nós não cobramos muito além da efetivação das leis e do incentivo às políticas públicas para a cultura. A cultura é onde tudo nasce e morre, ela permeia todos os segmentos da sociedade, e é preciso entender essa complexidade para saber quão importante é esse trabalho que vem sendo feito a duras penas”, comenta Mara Rojas.

Os artistas relembram o compromisso com editais dos FIC (Fundo de Investimento Culturais) que foram abertos apenas uma vez em 4 anos de gestão. Pontuam ainda a situação em que alguns teatros estão, “com cupins na estrutura”, diz o diretor e dançarino Marcos Mattos, além do caso Aracy Balabanian, fechado há pelo menos 2 anos, e da Casa do Artesão, que está “caindo aos pedaços”.

Para discutir todas essas questões e fazer uma avaliação da gestão da Fundação até o momento, a classe quer discutir com o governo metas para o segmento nestes próximos quatro anos.

Segundo as assessorias da prefeitura de Campo Grande e do governo do Estado, ainda não foi definido o destino das pastas de Cultura nas administrações municipal e estadual.

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