Consumo

"Rei do pano de prato" hoje tem loja com milhares de peças bacanas para casa

Ângela Kempfer | 30/05/2012 08:53
Paulo sobre uma das pilhas de panos na fachada da loja. (Fotos: Minamar Júnior)
Paulo sobre uma das pilhas de panos na fachada da loja. (Fotos: Minamar Júnior)

Paulo Roberto Davalo comercializava açúcar em Campo Grande, mas só começou a ganhar dinheiro quando teve a ideia de deixar o produto de lado e vender o saco que até então servia apenas como embalagem. Colocou o estoque de panos no carro e em poucas horas vendeu tudo.

Já se foram onze anos e, o homem que vendia sacos de açúcar, agora tem uma infinidade de produtos à disposição, peças que em lojas requintadas custam o dobro do preço.

Na rua 26 de Agosto, quase na esquina com a 13 de Maio, encontrei acessórios de decoração incríveis, como um tapete de 2 metros, digno de foto em revistas especializadas no assunto, com a vantagem do valor: R$ 79,00.

A “Sacaria Beira Rio” tem ares de armarinho, mas os panos são o principal material à venda. Na fachada, são dezenas de pilhas de sacos em algodão, alvejados ou xadrez. São o carro-chefe do negócio e isso não é à toa.

“Vendo super barato. O pano de prato custa R$ 1,60 o mais simples e o de puro algodão sai por R$ 2,50. Já o pano de chão custa R$ 1,95”, detalha o proprietário.

O tapete de 79 reais.
Aventais e outros produtos para cozinha também estão à venda.

Nem precisa mexer muito para encontrar outras peças que dão uma graça dentro de casa. Há jogo americano, almofadinhas para cadeiras e peças bem simples, como coadores de café e tampinhas de potes em tecido.

Muito bem organizada, com todos os produtos facilmente vistos, a loja tem tapetinhos de milhares de cores, materiais e estilos, desde o crochê até o modelo bem industrial.

Há de peso para porta, a matéria-prima para artesanato, como grandes rolos de fitas de malha para confecção de tapetes. “As pessoas aparecem aqui e perguntam de tal produto. Se eu não tenho, logo vou procurar para colocar na loja”, explica Paulo.

Nas araras, o negociante chama a atenção para aventais que recentemente chegaram à loja com frases do tipo: “Na última vez que cozinhei, quase ninguém saiu ferido”.

O mais interessante é que vários públicos encontram na Sacaria o que procuram. Em um canto, as mantas “seca poço” são vendidas para quem quer enrolar a mudança e também para esquentar famílias mais humildes em dias de frio. Do outro lado, as mantas de sofá são indianas, vendidas a R$ 69,00.

Infinidade de cores e tamanhos de tapetes.
A loja vive cheia.

Paulo é o típico empreendedor, começou em uma portinha de 7x4 e de tanto perturbar o dono do imóvel ao lado, conseguiu alugar um salão bem maior. Hoje tem, inclusive, estacionamento próprio.

Sem nenhuma frescura na hora de conversar, o empresário de 45 anos é gentil e faz questão de falar da ajuda da mãe, dona Isabel, de 77 anos. Para ela, Paulo montou uma filial da loja no Mercadão Municipal. Além de sempre estar por perto, a dona de casa que criou 8 filhos serve de especialista em qualidade dos produtos vendidos pelo filho. “Tudo aqui é do melhor. Não tem como reclamar. Tudo que chega aqui, sai”, garante dona Isabel.

As lojas ficam na 26 de Agosto, número 229 e no Mercadão Municipal, banca 124. Telefone 3321 5379.

Dona Isabel diz que testa os produtos e eles são da melhor qualidade.
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