Consumo

Reestruturação da Bigolin põe no mercado imóvel avaliado em 15,5 mi

Antigo centro de distribuição é localizado na BR-163, no anel viário de Campo Grande – MS, entre as saídas para São Paulo e Três Lagoas

Informe Publicitário | 18/10/2016 06:40
Reestruturação da Bigolin põe no mercado imóvel avaliado em 15,5 mi

O Grupo Bigolin, um dos mais tradicionais grupos empresariais de Mato Grosso do Sul, iniciou uma ampla reestruturação administrativa, após entrar em recuperação judicial, sinaliza reação ao mercado e se prepara para leiloar imóvel de seu antigo centro de distribuição, situado no anel rodoviário de Campo Grande, às margens da BR-163. o imóvel é avaliado em mais de R$ 15,5 milhões pela Justiça.

O imóvel, que será vendido na modalidade de leilão pela empresa Canal de Leilões, possui área de dois hectares e conta com cinco depósitos que variam entre 105 e 2730 metros quadrados, um alojamento e refeitório para funcionários e pavimentação asfáltica interna e externa para a circulação de caminhões e carretas. A área ainda conta com um estacionamento de quase nove mil metros quadrados e docas lineares para cargas e descargas de veículos longos. A localização é considerada estratégica em termos logísticos, já que se encontra entre as saídas para Três Lagoas e São Paulo, por onde passa a maior parte do transporte de carga no estado, ao lado dos condomínios Damha.

Para reduzir custos, e otimizar a logística operacional, a empresa Bigolin transferiu o seu centro de distribuição para a mega loja matriz, situada na Rua 13 de Maio, região central de Campo Grande. A venda do antigo local servirá para a empresa recuperar as parcerias comerciais e amortizar as suas dívidas, processo que tem melhorado deste o início da recuperação. A injeção de capital novo, possibilitará a empresa exercer sua atividade econômica, comercializando produtos para a construção civil e mantendo a empregabilidade no segmento.

Os advogados do grupo Lucas Gomes Mochi e Rafael Bento lembram que a alienação do bem dentro do processo de recuperação judicial é extremamente atrativo, uma vez que, nos termos da Lei 11.101/2005, o investidor que o adquirir encontra-se livre de qualquer ônus que, porventura, o macule: “É o que tecnicamente se conhece por Unidade Produtiva Isolada, cuja formatação impede a transferência de qualquer ônus aos compradores, justamente para incentivar a aquisição de ativos de empresas em recuperação judicial” afirmam os advogados.

Além disso, lembra o também advogado do grupo Rodrigo Pimentel, que a medida visa injetar capital novo na empresa, possibilitando que parte do valor auferido com a venda seja alocado para o pagamento de credores e outra parte direcionada à formação de capital de giro no intuito de manter a eficiência econômica da atividade empresarial, bem como de possibilitar a prática de providências outras que auxiliem a empresa no seu soerguimento, que já é perceptível.

Em 1982, o Grupo Bigolin iniciou suas atividades no novo estado do Mato Grosso do Sul, por mais de 30 anos a empresa investiu na economia local, estabelecendo filiais nas principais regiões da Capital, e expandindo para as principais cidades do Estado, Dourados e Três Lagoas.
A venda da unidade já está com ofertas abertas até dia 4 de novembro às 17h (Brasília) por meio do site www.canaldeleiloes.com.

Q&A
Por que a Bigolin está vendendo o centro de distribuição?

A empresa iniciou recentemente uma reestruturação administrativa, neste contexto, a área do antigo centro de distribuição é um ativo de grande valor que já não fazia sentido manter, já que já transferimos as atividades daquele local para a nossa megaloja matriz, reduzindo consideravelmente os custos e otimizando a operação logística.

Por que a venda será feita por meio de leilão?

Como a empresa entrou em recuperação judicial, a modalidade leilão é a que mais traz segurança para o vendedor e para o comprador, pois é autorizada e acompanhada pela Justiça e por um leiloeiro público oficial. Além disso, é a modalidade ideal para vendas que envolvem grandes cifras, como é o caso, pois o pagamento é feito à vista e a transferência do bem é feita de forma mais rápida do que em outras espécies de negócios.

Há compradores para o centro de distribuição?

Monitoramos que há interessados do próprio estado e empresas de outras regiões do país, investidores e empresas já veem visitando o imóvel os últimos dias. Mato Grosso do Sul se firma como um importante foco de novos investimentos, com várias oportunidades, neste contexto, a localização da área é muito vantajosa em termos logísticos. Não podemos dar muitos detalhes para não comprometer o negócio, mas a sinalização que temos é que o lote deva ser arrematado no dia 4 de novembro.

O setor de construção civil foi um dos mais impactados pela crise econômica que se acirrou nos últimos anos. Grandes construtoras do país pediram falência e os lançamentos de novos empreendimentos residenciais minguaram. Isso gerou grande queda na demanda pelos materiais de construção. São momentos de dificuldade que estamos acostumados a passar no Brasil. No entanto, estes momentos sempre são passageiros e a economia se recupera com força posteriormente. Passando por esta turbulência com consciência administrativa, temos a convicção de que voltaremos a crescer no futuro.

 

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