Consumo

Feira terá artesanato tradicional na velha rodô todos os sábados até o Natal

Paula Maciulevicius e Anny Malagolini | 24/11/2013 07:26
A ideia da feira, que surgiu pela ansiedade de ocupar e revitalizar o lugar.
A ideia da feira, que surgiu pela ansiedade de ocupar e revitalizar o lugar.

Na primeira edição da exposição de artesanato na velha rodoviária, 67 artesãos colocaram seus trabalhos à mostra. Entre eles muita coisa tradicional, a base de crochê, panos de prato e tapetes por exemplo, até biscoitos e vestidos para Barbie confeccionados por estilista em EVA, tudo espalhado pelo primeiro andar do prédio.

A ideia da feira, que surgiu pela ansiedade de ocupar e revitalizar o lugar, foi a oportunidade de dar um espaço para os que vendiam em casa ou pelas ruas, ou ainda ampliar o movimento de quem esperava clientes na Praça dos Imigrantes.

Segundo a organizadora do evento, Heloísa Cury, os artesãos se surpreenderam ao ver o prédio limpo e a possibilidade da feira. A primeira exposição já resultou a ela, que luta para ver o espaço sendo bem utilizado, o aluguel de três salas.

Artesão Lucas oferece de dreads a tererê e acessórios como anel e colar.
Tapetes feitos de malha são vendidos como artesão aprendeu, em família.

A aposentada Alzira Pereira Gatti, de 69 anos, até então, vendia seus biscoitos de nata, maisena e coco, em casa. "É bom um lugar fixo, como não tenho, a feira resolve", comenta. Os biscoitos são vendidos em pacote de 200g por R$ 6.

Vindo de São Paulo há 5 anos, o artesão Lucas Pereira de Silva, de 30 anos, trouxe à velha rodô, brincos e colares e a experiência do preconceito encontrado ao vender os trabalhos na rua. "É complicado, as pessoas tem preconceito. Ter espaço específico é importante", ressalta. Ele que decidiu expor todos os sábados, tem peças a partir de R$ 3. Além de confeccionar dreads e tererês por R$ 10.

Pratos de cerâmica também ganharam visibilidade na feira. A artista plástica Cybelle Manvailer, de 27 anos, têm produtos a partir de R$ 20, que incluem garrafas revestidas para decoração. A iniciativa, ela considerou bacana, no entanto ressaltou que não deve ficar parar por aí. "É preciso um esforço conjunto para mudar a visão da população que o local está abandonado". O trabalho dela, até a feira, era vendido no 'boca a boca'.

Tânia Maria Caminho, de 58 anos, se apresenta como estilista de Barbie há dois anos. A matéria prima para criar os modelitos são a base de EVA com estampas floridas. Os looks saem a partir de R$ 12.

Daniel dos Santos, de 51 anos, vende artesanato em família. Aliás foi assim que aprendeu com a mãe há 15 anos. Os tapetes de malha são vendidos de bicicleta pelas ruas, com preços na faixa de R$ 15.

Os produtos expostos podem ser opção para presentes de fim de ano e a feira se estende até o Natal, sempre das 9h às 19h.

Feira trouxe até estilista de Barbie.
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