Consumo

Em protesto, acadêmicos promovem boteco ao ar livre contra cerveja cara

Vinícius Squinelo e Marcos Ermínio | 23/08/2013 22:32
Acadêmicos se "armaram" com isopores e cervejas compradas em mercado (foto: Marcos Ermínio)
Acadêmicos se "armaram" com isopores e cervejas compradas em mercado (foto: Marcos Ermínio)

Cerca de 30 acadêmicos e clientes resolveram protestar de forma criativa na noite de hoje (23). Revoltados contra o preço da cerveja nos bares próximos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Com térmicas e isopores, os manifestantes organizaram um verdadeiro boteco ao ar livre.

A concentração dos manifestantes foi na rua Montese (início da rua Rui Barbosa), em frente ao bar Escobar, mais tradicional ponto de encontro dos acadêmicos da federal. O manifesto se dividiu entre um ponto fixo, e em caminhadas para bater papo com os amigos. “Parece um protesto fútil, mas o público daqui é (formado por) estudantes e são todos quebrados”, afirmou Victor Wagner Freire Fialho, 22 anos, acadêmico de Geografia.

O protesto foi organizado pelas redes sociais. Segundo os assíduos clientes do bar, o litrão de cerveja custa R$ 7, valor considerado um absurdo pelos acadêmicos. Através da página no Facebook “Boicote ao Bar e Conveniência Escobar/Mandacari/Batata”, os acadêmicos organizaram protesto, marcado para às 19h30 de hoje.

“Na (bairro) Planalto, perto de casa, o litrão, se você leva a garrafa, é R$ 3,75, e talvez até os bares do centro vendem mais barato”, reclamou Raphael Damico Diniz, 21 anos, acadêmico de Matemática.

"Parece um protesto fútil, mas o público daqui são estudantes e são tudo quebrados”, afirmou Victor (foto: Marcos Ermínio)
Raphael reclamou da diferença de preço entre o bairro onde mora e a região da UFMS (foto: Marcos Ermínio)

Já para Paulo Henrique Costa, 20 anos e acadêmico de Geografia, o valor da cerveja aumentou, mas o atendimento dos estabelecimentos é ruim. “O atendimento aqui é péssimo, e que na quarta-feira, que lota com o jogo de futebol, só vende litrão até um horário, depois só garrafa 600ml, e fica ainda mais caro”, comentou.

O grupo pretende continuar os protestos se o preço da cerveja não cair, e chama mais gente pelo facebook (https://www.facebook.com/events/642749592404766/?notif_t=plan_user_invited).

Culpa não é minha – Para um dos donos do Escobar, Onivaldo Escobar, o problema é aumento na “fonte”. “A Ambev, que é distribuída pela Rotele, repassou 17% de aumento no valor da cerveja, eu sou estou repassando, que é significativo”, defendeu.

Ainda segundo Onivaldo, o preço deve subir também em outros estabelecimentos, conforme o estoque vai sendo renovado.

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