Consumo

Com “fim de era” da revista, Neli realiza sonho e banca agora vende decoração

Danielle Valentim | 04/05/2019 08:24
Foram mais de 25 anos vendendo jornais e revistas no ponto localizado na Dom Aquino. (Foto: Kisie Ainoã)
Foram mais de 25 anos vendendo jornais e revistas no ponto localizado na Dom Aquino. (Foto: Kisie Ainoã)

Na contramão do que as banquinhas do Centro de Campo Grande viraram, aos 61 anos, Neli Nakazato Okumoto se sente realizada em poder vender o que sempre foi apaixonada: decoração. Foram mais de 25 anos vendendo jornais e revistas no ponto localizado na Dom Aquino, quase esquina com a Rui Barbosa.

Ao Lado B, a proprietária da banca relatou que ainda nos anos 90, o investimento era bom negócio. No entanto, foi perdendo espaço desde a chegada da internet e dos celulares com acesso a todas as tecnologias.

Neli foi pela contramão e há dois anos decidiu colocar em prática o que sempre quis. (Foto: Henrique Kawaminami)
Loja adaptada ficou fofinha. (Foto: Henrique Kawaminami)

Com as vendas das edições reduzidas a zero, o que chama a atenção é que enquanto a maior parte das bancas desviaram o investimento para as famosas capinhas personalizadas de smartphones, Neli foi pela contramão e há dois anos decidiu colocar em prática o que sempre quis. As prateleiras lotadas de jornais, gibis e revistas deram espaço a outros produtos.

Antes de, definitivamente, montar a banca, a empresária chegou a alugar o espaço para um vendedor de capinhas, mas logo voltou atrás para retomar a gerência do ponto, bem no coração do Centro.

Carro chefe de vendas, o bonequinho Funko Pop. (Foto: Henrique Kawaminami)

“Chegamos a alugar para um comerciante mexer com capinha, mas como não deu certo já avisei meu marido para não alugar mais. Nos últimos dois anos, fomos fazendo a devolução das revistas. Fui colocando artesanatos, suplemento alimentar e as peças decorativas”, contou.

O espaço ficou muito fofo, com objetos decorativos, artesanatos e até itens disputados por colecionadores e fãs de séries, como o carro chefe de vendas, o bonequinho Funko Pop. O preço dos demais itens se assemelha aos das lojinhas do Centro e é possível encontrar produtos a R$ 10.

“Estou contente com a mudança. Não posso reclamar do retorno. A revista já deu muito dinheiro, era um bom negócio e dava muito trabalho também. Depois de tantos anos isso me deixa satisfeita”, desabafou.

Peças delicadas e de preço acessível. (Foto: Henrique Kawaminami)
Porta-retratos também estão disponiveis. (Foto: Henrique Kawaminami)

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Confira mais fotos da banquinha Dom Aquino por Henrique Kawaminami:

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