Consumo

Com aumento de dengue, Anvisa publica orientações sobre repelentes

Segundo a agência, contra o mosquito Aedes há apenas produtos para aplicação na pele e para uso no ambiente

Por Geniffer Valeriano | 11/02/2024 11:57
Repelentes expostos em pratileira de mercado (Foto: Arquivo)
Repelentes expostos em pratileira de mercado (Foto: Arquivo)

Com o aumento do número de casos de dengue, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) esclarece quais repelentes podem ser usados contra o mosquito Aedes, que realiza a transmissão da doença. A agência também reforçou que inseticidas naturais não possuem comprovação de eficácia.

Segundo a Anvisa, contra o mosquito da dengue há apenas produtos para aplicação na pele e para uso no ambiente. É ressaltado pela agência, que não há nenhum produto de uso oral, como vitamina e comprimidos, com indicação aprovada para repelir o mosquito.  

Os produtos para a pele entram na categoria de cosméticos e devem possuir registro na agência. Aqueles que já possuem a aprovação da Anvisa podem ser usados tanto em crianças como em adultos. Porém, a agência reforça a importância dos consumidores seguirem as orientações do rótulo do produto.

Outro ponto destacado pela Anvisa é a respeito dos repelentes com o ingrediente DEET, esses não são permitidos em crianças menores de 2 anos. Enquanto para crianças de 2 a 12 anos os produtos com essa substância é permitido, mas a sua concentração não deve ser maior que a de 10%. A aplicação também é restrita a três por dia, evitando o uso prolongado.

Ainda é reforçado que os repelentes devem ser usados nas áreas expostas do corpo, conforme a norma vigente sobre cosméticos. Só é recomendada a aplicação do produto na roupa quando há indicação expressa na arte da rotulagem.

Para o uso em ambientes, há dois produtos: os  inseticidas e repelentes. Os inseticidas  possuem substâncias ativas que matam os mosquitos adultos. Já os repelentes, apenas afastam os mosquitos do ambiente.

Os repelentes são comumente encontrados na forma de espirais, líquidos e pastilhas utilizadas, por exemplo, em aparelhos elétricos.  É reforçado que os produtos em espirais e elétricos não devem  ser usados em ambientes com pouca ventilação nem na presença de pessoas asmáticas ou com alergias respiratórias. 

Ainda é dito que os  inseticidas chamados “naturais”, à base de citronela, andiroba, óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia contra o mosquito. Em contrapartida, o óleo de neem, que possui a substância azadiractina, é aprovado pela Anvisa para uso em inseticidas, mas o produto deve estar registrado.

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