Consumo

Cansado de bater de casa em casa, grupo reúne os porta-malas em feira diferente

Naiane Mesquita | 12/09/2016 06:16
Aleyde e Daniela tiveram a ideia de abrir o porta-malas e vender no estacionamento do Yotedy (Foto: Alcides Neto)
Aleyde e Daniela tiveram a ideia de abrir o porta-malas e vender no estacionamento do Yotedy (Foto: Alcides Neto)

Era mais um dia tranquilo na vida de Daniela e Aleyne, até que elas decidiram ir até o estacionamento do Yotedy, abrir o carro e vender pijamas. Assim, sem planos maiores, as duas acabaram criando um evento que tomou forma e nome em apenas 2 edições, a Feira do Parque – Venda de Porta–Mala.

“Sempre vendemos de porta em porta os nossos produtos, na venda informal mesmo. Até que um dia tivemos essa ideia, aproveitando o movimento do parque em dias de domingo. É algo diferente, feito ao ar livre e expomos os produtos no porta-mala”, afirma Daniela Margotti, 34 anos, sócia na empresa As Marreteiras.

Gabriela e suas bolsas vindas diretamente de São Paulo (Foto: Alcides Neto)

Aleyde Lins, 36 anos, a outra proprietária da empresa sobre 4 rodas, explica que ontem foi a terceira edição do evento e que por causa do show teve poucos adeptos. “Marcamos a data com antecedência e não sabíamos. Tem muitos carros estacionados, mas acreditamos no movimento. Na segunda edição vieram muitos expositores, gente com semi-joias, comidas, cerca de 15 carros”, indica.

Dessa vez apareceram quatro. “Nós vendemos basicamente roupas para dormir ou ficar em casa. Tem pijamas de R$ 40,00 a R$ 80,00, para crianças e adultos, com várias estampas. Comercializamos também chinelinhos e almofadas para o pescoço”, lista Daniela.

Na mesma banca das meninas, tem castanhas do Pará recheadas de chocolate e mais a frente, pavê e torta alemã no pote. “Começamos a vender há dois meses. A gente vai ficando coroa e começa a querer fazer coisas novas. A venda apareceu e é uma forma de distração e ganhar um dinheirinho também né?”, diz dona Teresa Pacheco, 62 anos.

Denise vende pão de mel (Foto: Alcides Neto)
e bio-jóias que sobraram de uma loja da filha (Foto: Alcides Neto)

Ao lado do marido, André Pacheco, 56 anos, ela frequenta a feira da Cidade Jardim e agora a do Parque. “Moramos aqui perto. Queremos abrir um food truck, mas ainda estamos no começo”, diz André.

Um dos diferenciais dos dois é a sardela, um patê italiano feito com tomate, sardinha e aliche. O preço é de R$ 30,00, um pote com 250 gramas. Já a torta alemã custa R$ 9,00 e o pavê R$ 7,00.

De comida ainda há pão de mel de Denise Padilha, 53 anos. “É o meu forte. Vendo há quatro anos. Hoje eu também trouxe uma coleção de bio-joias que minha filha comercializava. A loja fechou e queremos queimar o estoque. O escuro é feito de chifre e o claro de osso”, descreve Denise.

Uma das poucas veteranas da feira é a vendedora Gabriela Casavecho, 39 anos. Com bolsas e carteiras, ela costuma ir de porta em porta e achou bacana a iniciativa. “Eu gostei, mas acho que o movimento é melhor domingo de manhã, talvez por ser mais fresco. Pelo show ficou um pouco estranho, com um público diferente. Eu estou gostando muito de participar”, confessa.

Informações sobre a próxima feira no evento do Facebook. 

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