Consumo

Brechó vende camisetão “de avô” em estilo despojado na pandemia

Pijaminha em casa? Melhor o “blusão” do namorado, pai ou irmão para ficar confortável e na moda

Raul Delvizio | 19/09/2020 08:00
Camisas oversized e chemises podem ser super versáteis, tanto para sobreposição quanto ser vestido (Foto: Reprodução/Instagram)
Camisas oversized e chemises podem ser super versáteis, tanto para sobreposição quanto ser vestido (Foto: Reprodução/Instagram)

A pandemia trouxe muitas mudança, uma delas com relação à moda “casa", já que não temos mais aquela necessidade de nos produzirmos como antigamente. Mas Anna pensa bem diferente, e suplica para que você dê adeus ao seu "uniforme" de pijama. A tendência é voltar a usar o que está parado no seu guarda-roupa com uma nova visão.

Camisetão sem o cinto marcado – e calçado de bota rústica (Foto: Reprodução/Instagram)

"Gosto de usar camisetão do boy com saia midi, tudo soltão, oversized. Meu tamanho é P, número 38, mas compro tudo GG", assume a campo-grandense e produtora de moda Anna Guilhermina Fontoura, que é dona do brechó online Luminar.

Até camiseta larga do avô ela já herdou, e com isso consegue brincar com assimetria, contraste de tamanhos, cores e muita mistura entre estampas. Segunda ela, nada melhor do que pegar aquela roupinha guardada e improvisar. "Garanto que vai ficar massa. Mas nada de combinadinho! Tem que ser diferentão, precisamos trabalhar mais a ousadia".

E dá a dica: "se me visto com seda, taco logo uma bota rústica. Se a calça e a blusa forem de oncinha, jogo um jaquetão por cima. Meu estilo é mais underground, misturo o grunge com o chique só para quebrar o padrão. Esse é o meu forte, uma pegada de 'festival', que incentiva positivamente às pessoas".

O trabalho final da faculdade de Anna foi pautado no estilo grunge, com roupas rasgadas, aparentemente antigas e visual mais "bagunçado" (Foto: Arquivo Pessoal)

Antes da pandemia, largou mão do emprego formal no Rio de Janeiro – onde se formou em moda – e resolveu apostar há 6 meses no sonho de ser dona de brechó. "Comecei cavucando meu armário e vendendo roupas próprias. Com o tempo, amigas foram ajudando, entregando roupas que não queriam mais. E até agora tá dando muito certo".

Combinações não usuais, com jogo de sobreposição, contrastando cor e tamanho (Foto: Reprodução/Instagram)

Essa sua paixão já é de longa data, quando aqui na Capital costumava dar uma passadinha em brechós na sua adolescência. Comprava roupas, mas também dava uma customizada. Só quando entrou na faculdade – além do seu jeito de geminiana apressada – que percebeu sua identificação com produção de moda, figurino e criação de conceito. "Não tenho muito essa coisa de planejamento, simplesmente vou testando e improvisando na hora".

Improviso que, durante a pandemia, todo mundo precisa exercitar. "Não temos que ter a necessidade de acumular roupa. Este é o momento perfeito para desapegar. Separar o que não se quer mais e melhorar as combinações que já temos, dar um novo significado", aconselha.

Mais despojada, Anna posa para editorial de moda de fundo para o mar (Foto: Arquivo Pessoal)

Conforme Anna, é possível ser simples e estar dentro da moda com o que você já tem. "Provavelmente você já tem uma peça de 'brechó' em sua própria casa. Nem precisa de muito esforço, é só abrir seu guarda-roupa. Você mesmo já tem a 'exclusividade' que lhe faltava. Então abuse dela".

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A produtora de moda e dona de brechó Anna Fontoura (Foto: Arquivo Pessoal)


(Foto: Reprodução/Instagram)
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