Consumo

Após anos em feira, Clarice encontrou paz com sombra e garapa

Terreno com árvores foi transformado em "quintal" para clientes aproveitarem sombra e bebidas frescas

Aletheya Alves | 07/08/2023 07:00
Clarice conta que espaço no bairro Rita Vieira foi adaptado para receber garaparia. (Foto: Aletheya Alves)
Clarice conta que espaço no bairro Rita Vieira foi adaptado para receber garaparia. (Foto: Aletheya Alves)

Na Avenida Rita Vieira de Andrade, um conjunto de mesas espalhadas sob as sombras geradas por árvores chama ainda mais atenção durante os dias de calor e baixa umidade relativa do ar em Campo Grande. Ali, no espaço que parece ter sido parte de uma chácara, Clarice Gonçalves encontrou a paz unindo o pedaço de natureza e muita garapa. 

Há cerca de 5 anos, a ex-vendedora decidiu que iria trabalhar com o marido no espaço. Antes de se acostumar a ir ao endereço diariamente, ela narra que até tentou seguir o caminho das feiras, mas o ritmo não fazia sentido. 

“Eu era vendedora de roupas, depois fomos vender o caldo de cana na feira aqui do bairro, mas a correria é grande demais. Não demos conta e, com a idade chegando, você se cansa ainda mais”, explica Clarice.

Terreno com árvores espalhadas pelo espaço garantem que os clientes descansem sob a sombra. (Foto: Aletheya Alves)

Hoje, a autônoma sai de casa de segunda a segunda, exceto quando há imprevistos, e passa o dia com sorriso no rosto. Explicando que os valores gerados pelas vendas servem para custear o cotidiano sem luxos, Clarice comenta que, ao menos, encontrou paz. 

E, comprovando na prática que a alegria e calmaria combinam tanto com ela quanto com o espaço, recebe todos os clientes com a mesma simpatia. Simpatia essa, inclusive, que ela garante dividir com o marido. 

Clarice narra que até premiação os dois já ganharam devido ao bom atendimento e que. mesmo quando o tempo fica mais acelerado durante os momentos de pico, o foco é na qualidade.

Atendimento é realizado por ela e pelo marido durante todos os dias da semana. (Foto: Aletheya Alves)

Além do caldo de cana, ela explica que o preço para conseguir passar os dias sob a sombra das árvores é cuidar do terreno. “A gente é quem faz a limpeza. Tudo isso aqui era chácara, por isso que parece mesmo”. 

Contrastando com a correria do cotidiano e do que já foi vivido por ela anos atrás, o terreno recebe visita até de pássaros. Sem se imaginar fazendo outra coisa, Clarice brinca que agora a aposentadoria deve ser por ali mesmo. 

Funcionando diariamente, o atendimento é realizado das 8h30min às 18h30min, com garapa a partir de R$ 7. Além do caldo de cana, também há coco verde por R$ 7, esfirra por R$ 5 e pamonha por R$ 10. 

O endereço da garaparia ao ar livre é Avenida Rita Vieira de Andrade, entre a Rua Roterdan e Rua João Vieira de Menezes. 

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