Consumo

Amigos criam oficina só com peças de carros antigos e bicicletas da infância

Anny Malagolini | 18/09/2013 06:57
Leonardo e sua Kombi estilo "Hood Ride" (Foto: João Garrigó)
Leonardo e sua Kombi estilo "Hood Ride" (Foto: João Garrigó)

Apaixonado por antiguidade automotiva, Leonardo Oliveira, de 31 anos, seguiu o embalo da “moda” vintage e abriu a “Real Auto Antigos”, loja especializada em acessórios para carros como Fusca, Variante e Brasília, principalmente.

Há menos de cinco meses, na rua 13 de Maio, 975, o restaurador montou a oficina para aqueles que, assim como ele, apreciam o barulho e o design de carros antigos, até os anos 80, mas penam na hora de encontrar peças e acessórios de época. A customização hoje é feita com o que há 30 anos era item de luxo nos veículos. 

Com aparência "detonada", a Kombi tem tudo para ser despachada para o ferro velho, "mas não". Segundo Leonardo é "estilão". Com bandeira dos "Estados Confederados", o carro foi lixado por ele mesmo, seguindo a moda "hood ride" para ficar com o aspecto de velharia.

Entre as preciosidades, também está o Fusca ano 81 que para o restaurador não tem preço. O carro não é um relíquia, mas a customização e o motor, tudo restaurado por ele, o tornam peça rara entre os modelos da mesma geração. 

Ele tem rodas esportivas e peças curiosas, como um refletor de insetos no capô do carro, que desvia os insetos para evitar que grudem no para-brisa. Há até um teto solar embutido, que pode ser colocado em qualquer modelo de carro, com custo a partir de R$ 3.500,00. 

Modelo de bicicleta dos anos 40 (Foto: João Garrigó)

“Caçadores de relíquias” – Seguindo a linha do seriado exibido no canal “The History Channel”, que mostra o garimpo de preciosidades, Leonardo e o amigo Erich Pontes seguiram a ideia e começaram a colecionar e restaurar também modelos raros de bicicletas.

A mais antiga, é um modelo dos anos 40, que foi encontrada em Campo Grande e comprada por uma bagatela, levando em consideração a importância. “Acabamos comprando por R$ 150,00 de quem não dá o real valor ao que tem”, explica Leonardo. O modelo, depois de restaurado pode ser vendido até por R$ 1.5 mil.

As bicicletas ganham outro valor, não pelo conforto, ou aerodinâmica, e sim pela raridade. Por não ter marchas, não é indicada a prática de esporte, só para passeios.

A atração por produtos que hoje não são mais fabricados, para Erich tem explicação. "É o sentimento de ter parte concreta da infância de volta", explica apontando a nova compra, uma Caloi Berlineta, a primeira que ganhou na vida, aos 6 anos de idade, no final da década de 70.

A restauração é feita na loja. As peças são encontradas em feiras em São Paulo, ou pela internet.

Erich mostra Monareta, um dos modelos que vai recuperar. (Foto: João Garrigó)
Nos siga no