Consumo

“Aonde não ir em Campo Grande” denuncia fake e chantagem

Paula Maciulevicius | 27/03/2014 10:23
Administradores fazem o alerta para o 'fake' no topo da página.
Administradores fazem o alerta para o 'fake' no topo da página.

Criado para ensinar “Aonde não ir em Campo Grande” pela gestora logística Camila Ariosi, de 29 anos, o grupo é hoje um dos mais comentados no Facebook, mas esta semana, começou a ter dor de cabeça. Segundo os administradores, uma segunda página foi criada usando o mesmo nome do oficial e tentando obter vantagens em comércios de Campo Grande.

Há cerca de um mês, a caixa de um restaurante de Sushi postou no grupo o episódio de um cliente que se apresentou como administrador de uma página de reclamações de bares na hora de pagar a conta. A funcionária percebeu que o rodízio consumido não correspondia ao que ele queria pagar e o tal homem teria ameaçado postar comentários ruins a respeito do lugar, caso realmente tivesse de pagar outro valor.

Desde a postagem dela, os administradores do grupo ficaram atentos. “Segunda-feira eu descobri outro grupo que tinha 10 mil membros e estamos alertando para o povo não cair na dele. Ele está tentando tirar vantagem, cobrando para colocar anúncio e usando o nome, dizendo que se não derem desconto, ele vai publicar no grupo”, conta Camila.

Como criadora da página ela deixa claro que não tira vantagem e que o objetivo não é tirar proveito. “Faço porque gosto, não porque quero ganhar”, enfatiza.

Nesta madrugada os administradores relatam que o grupo oficial recebeu várias denúncias como se o deles fosse o falso. Ao investigar, eles descobriram que a maioria das contas dos membros havia sido hackeada. “À noite ele manda mensagem ameaçando, já acessou várias contas, de várias pessoas e eu vou respondendo que eles estão denunciando o grupo errado. Ele está falando que o dele é oficial”.

Na postagem de alerta que Camila fez ao grupo, existem comentários como "aparentemente alguém invadiu o profile de uma prima e adicionou todos os amigos dela lá", descreve um dos membros. "O safado acessou meu perfil e adicionou a minha familia inteira pro grupo dele", conta outro seguidor.

O Lado B tentou contato com o perfil de quem se passa por administrador do grupo "Aonde não ir em Campo Grande", no entanto não obteve resposta. O perfil aparenta ser falso. O nome apresentado não coincide com o mesmo no link do Facebook. As fotos também levantam suspeita assim como o número de amigos. 

A preocupação do grupo oficial é a de que o falso possa queimar a imagem. Em um ano e meio o “Aonde não ir em Campo Grande” conseguiu contabilizar 35 mil e 75 membros. O grupo oficial vai levar a denúncia à Polícia ainda nesta quinta-feira.

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