No reduto do golfe, feijoada ganha sabor de aristocracia

A brasileiríssima feijoada e o europeu golfe fizeram inusitada dobradinha neste sábado. No Terras do Golfe, que faz aniversário de cinco anos, o feriado de Tiradentes teve um campeonato do esporte de origem aristocrática, para, em seguida, acabar na popular mistura de feijão preto, carne de porco e linguiça.

“Resolvemos juntar o torneio com feijoada já tradicional em Campo Grande, o Preto Feijão, e o esporte. Para quebrar o paradigma de um esporte de elite”, afirma Alexandre Miranda, diretor de golfe.

Com 53 participantes, o campeonato por pontos foi vencido pelo empresário Dario Ushiro. O interesse pelo esporte surgiu há três anos, por indicação de um amigo em São Paulo. “Fiquei sabendo daqui e comecei a jogar”, conta. Ele já ganhou outros campeonatos. “Foi sorte. É difícil ganhar”,afirma o vencedor, ao lado de Marcelo Arruda, o segundo colocado.

No condomínio fechado, na saída para Três Lagoas, o quesito popular foi restrito à escolha do prato principal. Os convidados tinham direito a motorista, circulando pelo local a bordo de Mini Cooper, da BMW.

A festa para 650 convidados teve convites vendidos por lotes. No primeiro, o preço variava de R$ 40 a R$ 80. Hoje, o valor chegou a R$ 120. Na entrada, muita segurança na checagem dos veículos. Para ter acesso ao espaço gourmet, somente com convite, além de detector de metais.

O campo da Associação Terras do Golfe possui 7.290 jardas de extensão. O desenho é do americano Dan Blankenship, um dos arquitetos de golfe mais conceituados em atuação no Brasil.