Comportamento

Sorriso é o mesmo 21 anos depois, porque noiva casou com quem a faz rir até hoje

Paula Maciulevicius | 18/12/2015 06:12
À época a noiva tinha 18 e o noivo, 21. Elisete e Alex riam do corte ao bolo. (Foto: Arquivo Pessoal)
À época a noiva tinha 18 e o noivo, 21. Elisete e Alex riam do corte ao bolo. (Foto: Arquivo Pessoal)

A foto de cima foi 21 anos atrás. A de baixo, ontem. O sorriso de hoje é igualzinho ao da data em que Elisete disse sim a Alex. Como conservou a intensidade? Ela não precisa parar para pensar: "porque ele me faz rir até hoje", explica. O argumento faz quem vê a foto e ouve a frase, abrir um riso igual. Junto dele, vem o amor e a cumplicidade de quem escolheu ver no outro a alegria e a capacidade de compartilhar o sorriso, como maior qualidade. 

À época a noiva tinha 18 e o noivo, 21. Do Rio Grande do Sul, eles se conheceram através de uma amiga em comum e a primeira coisa que ela notou nele foi o sorriso e o olhar. 

"As meninas que trabalhavam comigo eram quase todas namoradas de militares e me diziam que eu tinha de conhecer o amigo delas, Alex, mas eu só queria saber de festa", recorda Elisete Riella Silveira, hoje com 39 anos. Num aniversário de uma delas, a jovem finalmente foi apresentada a ele. "A primeira coisa que eu notei? O sorriso e o olhar, ele tem um sorriso lindo", suspira a esposa.

Depois de 21 anos, sorriso continua e a cumplicidade, também. (Foto: Gerson Walber)

Eles começaram a namorar em seguida e foram três meses, na ponta do lápis, de relacionamento "presencial". Depois, um ano à distância, isso porque ele foi transferido para Minas Gerais e ela permaneceu em solo gaúcho. Em novembro do ano seguinte, eles se casaram no civil e em dezembro, na cerimônia da foto, no religioso.

Militar, eles foram transferidos e já moraram nos quatro cantos do país. Por aqui, estão há 10, junto de dois filhos, Alexia de 18 e Gustavo de 16.

Foi para celebrar os 21 anos de casados que Elisete reproduziu as fotos do "sim" no Facebook. De imediato a cumplicidade salta aos olhos, o sorriso tão aberto e o olhar tão apaixonado colocaram na tela um sentimento genuíno, que eles mantém até hoje.

"Não posso dizer que é um casamento perfeito, mas olha, ele acabou de chegar de moto e já veio dizendo do jardim que do nosso amor nasceram duas flores: Alexia e Gustavo e eu já caí na gargalhada", descreve. Fazer rir sempre foi 'especialidade' do esposo. Pelo menos é assim que Elisete fala dele.

Fotos mostram o que persiste até hoje: amor e cumplicidade. (Foto: Arquivo Pessoal)

"Ele sempre fala isso, que quando eu estou feliz, a família está feliz", afirma. Neste ano, Elisete teve diagnosticada uma depressão e o marido não poupou esforços e nem economizou sorrisos para arrancar a mesma expressão do rosto dela. 

"Nestes 21 anos a gente já passou por tanta coisa, crises mesmo e o que nos mantém e mantém a nossa família é o amor. Sendo bem piegas, mas é o amor", frisa. Um dos exemplos de barras que os dois seguraram juntos foi uma doença grave do filho caçula quando o casal morava, sozinho, sem família alguma, no Rio Grande do Norte.

"Eu sou completamente apaixonada por ele. Claro que tem vezes que eu quero matar, mas volto e peço carinho. O amo tanto a ponto de dizer que ele é a pessoa mais importante da minha vida", diz. Mas claro que depois vieram os filhos e o amor segue em proporções diferentes, mas tão intenso quanto. "Ele me faz muito bem, é isso, ele me faz rir até hoje", completa.

Alex nega que seja "tudo" isso. Diz que ela é a memória viva da família e que ele não se recorda de todos os sorrisos fotografados como ela. Na foto tirada junto do bolo, o marido brincava de "vai e vem" com a faca. "Nós sempre fomos daquelas paixões loucas, sempre foi uma coisa de pele", explica o militar, Alex Silveira, de 43 anos.
No dia a dia ele diz que é mais sério e da "razão", enquanto a esposa é da emoção. "As coisas acontecem em função dela, em torno dela, da descontração dela. De vez em quando eu sou assim, dou risada assim, justamente para quebrar esse gelo", explica.

Devidamente "emancipados", como brinca Alex, o casal completa 21 anos juntos com planos futuros, um deles, de serem fluentes no Espanhol. Sobre as risadas, o marido brinca que é uma coisa espontânea. "Minha mãe sempre dizia que eu era assim em casa, que a glória do palhaço é a risada do público, e a minha glória, é a risada dela". 

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Devidamente "emancipados", como brinca Alex, o casal completa 21 anos juntos. (Foto: Gerson Walber)
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