Comportamento

Santa Casa faz banho de sol com geladinho de fruta para pacientes

Terças-feiras de manhã, durante 15 minutos, os pacientes saem para um banho de sol e tomam geladinhos de frutas

Lucas Mamédio | 24/11/2020 15:29
Enfermeiras ajudando paciente (Foto: Divulgação/Santa Casa)
Enfermeiras ajudando paciente (Foto: Divulgação/Santa Casa)

Projeto da Santa Casa de Campo Grande quer levar mais conforto aos pacientes do setor Geriatria e Cuidados Paliativos. Todas as terças-feiras de manhã, durante 15 minutos, os pacientes saem para um banho de sol e tomam geladinhos de frutas.

A ideia de levar os pacientes para a área externa com acesso ao sol surgiu da necessidade de controlar o impacto de deliruim, que é a confusão mental associada à patologia, especialmente para idosos, bem como pacientes internados há muito tempo no hospital.

 “O ciclo de sono e vigília faz toda a diferença para esse perfil de paciente e ver o sol é muito importante para eles entenderem que é o momento de permanecerem acordados, já que eles passam a maior parte do dia nas enfermarias e nem sempre tem essa percepção de tempo”, explica a médica geriatra, Paskale Vargas.

Toda a equipe junto durante banho de sol (Foto: Divulgação/Santa Casa)

São seis sabores: maracujá, morango, melancia, manga, abacaxi e laranja. Todos os geladinhos são feitos com a própria fruta, que chega à instituição por meio de doações.

Para a ação ser realizada é necessário que o paciente atenda alguns critérios básicos, tais como sustentação do tronco e respirar em ar ambiente sem necessidade de oxigênio.

A entrega dos geladinhos será feita duas vezes na semana, uma com e outra sem banho de sol. Isso porque esse processo de tomar o geladinho faz parte do atendimento da equipe de fonoaudiologia do hospital, que ajuda na estimulação da saliva daqueles que, por vezes, acabam ficando muito tempo traqueostomizados (com abertura na parede da traqueia), a fim de facilitar a entrada de oxigênio quando o ar está obstruído e perdem esse estímulo.

São seis sabores de geladinho (Foto: Divulgação/Santa Casa)

“Ações como estas são focadas em dar o melhor suporte que podemos. Eles não podem deixar de vivenciar momentos como estes pelo fato de estarem acamados ou com sequelas após procedimentos. Existe sim a possibilidade de eles terem um convívio com locais mais próximos da natureza e de desfrutarem de alguns mimos”, destacou a médica, que também integra a Comissão de Humanização do hospital.

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