Comportamento

Pequena no tamanho e gigante na vontade de viver, Marina quer vencer leucemia

Escola de samba faz feijoada beneficente para ajudar Marina, 1 ano, filha da cantora Negabi, que foi diagnosticada com leucemia

Thailla Torres | 24/01/2020 06:35
Marina tem 1 ano e 8 meses e luta contra a leucemia. (Foto: Arquivo Pessoal)
Marina tem 1 ano e 8 meses e luta contra a leucemia. (Foto: Arquivo Pessoal)

Sentada ao lado da filha caçula, a cantora Gabrielle Rodrigues de Oliveira, 34 anos, conhecida como Negabi, sentiu quando a temperatura da filha, à época, com 1 ano e 6 meses, começou a subir. No primeiro momento, ela levantou a hipótese de uma febre por causa do nascimento dos dentinhos. Horas depois, ela ouviu o diagnóstico: Marina tinha leucemia. Do momento em que recebeu a notícia até o dia de hoje, passaram-se dois meses. Tempo de luta pelo sorriso da menininha, que nem o câncer é capaz de tirar o brilho.

No dia da notícia, o choque não era apenas por descobrir que a filha tão nova estava com uma forma agressiva de câncer, mas também porque, como maioria das mães, quer que o futuro pertença aos filhos. “É muito complicado, é uma dor. Não saber se a sua filha vai sobreviver é uma coisa terrível”.

O diagnóstico veio depois de uma consulta. “Com a febre, levamos ao posto de saúde, ela chegou bastante pálida e, após exames, com as suspeitas de leucemia ou leishmaniose, ela foi encaminhada para o hospital. Lá fizeram exames e constataram a doença”, conta a mãe.

Amigos preparam feijoada ajudar a menininha. (Foto: Arquivo Pessoal)

Desde então a pequena Marina, hoje com 1 ano e 8 meses, faz tratamento. Já passou por sessões de quimioterapia e está no segundo ciclo do procedimento.

O tratamento, segundo a mãe, deve continuar por dois anos. As sessões de quimioterapia dependem da reação do organismo ao procedimento. “Ou seja, não sabemos ainda quantas (quimioterapias) serão necessárias”.

A única certeza é que o câncer que tem causado dor no coração de Negabi, e do pai, não vence Marina. Isso porque a menininha, por menor que seja, quer viver, e demonstra todos os dias. “A criança é um ser tão especial que, ao contrário do que eu imaginava que deveria ser, é ela quem me dá forças com o seu sorriso diário. Eu sei que ela quer viver, enquanto nós, adultos, somos tão fracos em alguns momentos”, diz a mãe, por telefone, numa entrevista em que pausa se fez necessária para segurar as lágrimas.

Do outro lado da linha é possível ouvir a voz de Marina, falante, mesmo que as palavras não saiam tão certinhas, chamando por Negabi. “Estou agora falando enquanto ela está aqui chamando minha atenção, cheia de vontade”.

Além do sorriso da filha, Negabi conta com apoio incondicional da família, especialmente do pai de Marina e da filha mais velha, Letícia, de 16 anos. “Eu o pai dela somos separados, mas ele dá todo apoio necessário, está sempre ao lado dela e isso é muito importante. Minha filha também, ela tem sido minha maior parceira nesta caminhada”, celebra.

Negabi e a filha. (Foto: Arquivo Pessoal)
Apesar da doença, Marina é uma criança demonstra querer viver, diz a mãe. (Foto: Arquivo Pessoal)

Além de conhecida dos palcos, a cantora é muito querida entre os amigos e no cenário do samba campo-grandense. Em razão disso, carnavalescos da Catedráticos do Samba decidiram promover uma roda de samba beneficente com feijoada para ajudar Negabi durante o tratamento da filha. “Minha profissão é a música, com isso, eu deixei de cantar na noite nesses últimos dois meses. Então a escola de samba resolveu fazer um evento para me ajudar”.

A feijoada será realizada no dia 8 de fevereiro, a partir das 11h, na quadra da escola de samba Catedráticos do Samba, que fica na Rua Macaé, 572, Silvia Regina.

O ingresso é R$ 15,00 por pessoa. A feijoada será servida do meio-dia às 15h. É necessário levar pratos e talheres.

A festa contará com apresentação da bateria e de Negabi, cantora de samba, de voz suave e repertório com clássicos de Clara Nunes, Beth Carvalho, Martinho da Vila e Alcione.

“Marina é muito forte, e com a torcida de tantos amigos, sei que logo ela vencerá essa”, diz a mãe.

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