Comportamento

Para quem cresceu no concreto, passarinhar em família é terapia

Fábio é de São Paulo, mas construiu amor pela natureza com os filhos em MS

Por Aletheya Alves | 30/01/2024 07:12
Fábio e Cecília com cartaz sobre importância de defender a natureza. (Foto: Natália Olliver)
Fábio e Cecília com cartaz sobre importância de defender a natureza. (Foto: Natália Olliver)

Desde que se mudou para Mato Grosso do Sul, Fábio Monteiro passou a se conectar com a natureza e vem repassando esse amor para os filhos. Nascido em São Paulo, o tatuador conta que foi “criado no concreto” e observar pássaros em família se tornou terapia.

“Sempre tive necessidade de contato com a natureza, desde pequeno. Acabei morando em Bonito por cerca de 12 anos e ali comecei a despertar para essa questão da natureza. A gente sempre avistava os pássaros nas trilhas e ali comecei a me interessar pelo tema”, introduz Fábio. 

Casado com uma bióloga, o tatuador explica que o gosto só foi aumentando e, assim, decidiu que a prática também poderia ser compartilhada em família. “Além da Cecília, que é minha filha mais nova, tenho o Pedro de 15 anos e a Luana de 23. Sempre quando podem, eles estão passarinhando com a gente, tendo esse contato com a natureza”.

Pedro, que também é filho de Fábio, durante observação de pássaros. (Foto: Arquivo pessoal)

Pensando em uma parceria maior entre ele, os filhos e a esposa, Fábio conta que sempre viu o contato com a natureza como uma atividade saudável em grupo.

“Você estar em contato com a natureza é uma maneira de se reconectar, a gente pode se afastar muito e perde um pouco da essência. Essa atividade faz bem para as famílias, tira as crianças da tela”, defende o tatuador. 

Puxando na memória, ele conta que o grupo começou a fazer trilhas e entender que a prática poderia ser uma terapia familiar. “O contato com a natureza amplia o horizonte, amplia a visão, os sentidos, a ir mais lentamente”. 

E, dando dicas para quem quiser seguir esse caminho, o tatuador explica que iniciou o caminho com ajuda do Instituto Mamede, que faz roteiros para observar aves.

“Nós aprendemos muito com a Simone Mamede e a Maristela Benites. Elas fazem um despertar nas pessoas porque toda saída a campo é uma aula, é algo amplo. Não é só passarinhas, mas entender o meio em que você está inserido, é ficar em silêncio, escutar o som da natureza, escutar os passarinhos”. 

O pai ainda detalha que, ao lado dos filhos, continua se aprofundando na prática da observação e também do contato geral com a natureza. 

“Os pássaros são como presentes da natureza, vejo assim. Às vezes, você encontra pássaros difíceis de encontrar, pássaros com cores vistosas e é muito graficamente mesmo ter o contato com eles”, completa.

Cecília, a filha mais nova, costuma acompanhar o pai nos passeios. (Foto: Arquivo pessoal)

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