Comportamento

Noivos que se conheceram trabalhando na cracolândia casam em cenário pantaneiro

Paula Maciulevicius | 22/07/2015 06:12
Mirian e Evandro se conheceram há seis anos quando ela trocou a Cidade Branca para ser voluntária na cracolândia, em SP. (Foto: Mauro Dias Fotografia)
Mirian e Evandro se conheceram há seis anos quando ela trocou a Cidade Branca para ser voluntária na cracolândia, em SP. (Foto: Mauro Dias Fotografia)

O Porto Geral em Corumbá, serviu de palco e altar para declarar Evandro e Mirian como marido e mulher. No último domingo, a paisagem pantaneira, cenário dos sonhos de menina da noiva, foi testemunha do compromisso dos dois firmado diante de 200 convidados, entre familiares e amigos.

Ela é de Ladário, ele de São Paulo. Os dois se conheceram há seis anos quando Mirian trocou a Cidade Branca para ser voluntária na cracolândia, em São Paulo. Missionários no mesmo projeto social, da Igreja Batista, logo que os dois começaram a sair, Evandro já disse qual era a intenção. "Ele falou que estava saindo para se casar comigo. Depois de muito tempo nos conhecendo e perguntando a Deus se era ele, eu disse sim", descreve a noiva Mirian Leite, de 32 anos. 

Quando os planos do casamento começaram a se concretizar, Mirian aproveitou as férias em Corumbá, no final do ano passado, para fechar a cerimônia e a recepção. E tudo se autodenominando noiva. Aliança mesmo ainda não tinha. "Porque ele dizia que iria me surpreender e foi mesmo. Quando voltei para São Paulo, fomos no Ibirapuera e sentados lá, perto do lago, ele me pediu em casamento", conta.

Realização do sonho de menina, noiva se casou no Porto Geral. (Foto: Mauro Dias Fotografia)

O sonho de se casar no Porto Geral vinha da Mirian criança. "Desde menina sou encantada pelo Porto. O rio sempre me encantou e olha que minha mãe mora de frente para o Rio Paraguai. Quando decidimos marcar a data, pedi que ele realizasse um sonho: casar no Porto. Ele disse sim", narra.

A noiva conta que como a Prefeitura nunca havia recebido um pedido assim, para que um casamento acontecesse no Porto, chegaram até a engavetar o pedido, mas uma amiga da família e por coincidência Secretária de Educação do Município, conseguiu agilizar.

"O casamento todo foi emocionante. Foi muito mais do que sonhei, sempre quisemos só com família e amigos próximos", descreve Mirian.

Mirian ao lado do tio, rumo ao altar. (Foto: Mauro Dias Fotografia)

Com a noiva à distância, quem corria atrás dos preparativos em Corumbá eram as irmãs e a mãe de Mirian. "Ela tinha esse sonho desde adolescente. Eram dois: de ser missionária na África e casar aqui na cidade, no Porto. Mas no tempo nosso, o Porto ainda era feio. Hoje é bonito. O casamento foi mais uma confirmação do sonho dela", afirma a mãe, Paula Leite da Silva, de 53 anos.

Uma das preocupações da família, segundo a mãe, era com a chuva. "Mas ela dizia 'Deus é tão bom comigo que ele vai me abençoar e vamos casar lá. Ela é uma menina muito determinada", completa.

O cenário, exuberante na sua essência, praticamente dispensava decoração. Uma tenda foi montada no altar para deixar Evandro e Mirian em destaque e também protegê-los do sol. Realizado por pastores da igreja do casal, os convidados vieram de São Paulo e também do Rio de Janeiro.

"Olha, todo mundo falou que nunca mais ia esquecer esse casamento. Estava calor sim, mas também ventava, então deu para aguentar bem e o pessoal não arredou o pé", relata a mãe. "Foi uma coisa muito linga, a natureza, o cenário, tudo perfeito!"

 

Já segue a gente no Facebook? Curta a página do Lado B, nos mande sugestões de pauta e comentários. A gente adora esse jornalismo de todos!

Na exuberância do cenário pantaneiro, pouco precisou de decoração. (Foto: Mauro Dias Fotografia)
O beijo como marido e mulher. (Foto: Mauro Dias Fotografia)
Casamento reuniu 200 convidados enre familiares e amigos. (Foto: Mauro Dias Fotografia)
E que vista incrível de Corumbá. (Foto: Mauro Dias Fotografia)
Nos siga no