Comportamento

Na vizinhança do Carandá Bosque, as corujas têm casa própria e de alvenaria

Aline Araújo | 11/04/2015 07:23
A casa foi pintada recentemente. (Foto: Fernando Antunes)
A casa foi pintada recentemente. (Foto: Fernando Antunes)

As casinhas são curiosas, de alvenaria, a morada de corujas há anos. Não tem como passar e não ficar de olho até uma delas aparecer no cruzamento das avenidas Santa Luzia e Aracruz, no Carandá Bosque III, ou na Praça Augusto Campos Braga, entre a rua Vitório Zeola e rua Preciosa, no mesmo bairro.

Feitas de tijolos, com telhado, reboco e pintura, elas já fazem parte da paisagem e as corujas da vizinhança. Saíram até no jornal do bairro.

A massoterapeuta Graça Torres sempre passa pelo local, e nesta semana resolveu parar e fazer fotos das corujas que estavam ao lado da casa. “Eu passo aqui todo dia e elas são muito mansinhas. Resolvi tirar foto para mostrar para um tia de São Paulo, ela não acredita que aqui a gente encontra bichos assim na rua. Elas são lindas, não são?”, comenta a senhora de 63 anos.

As construções são antigas. Quando Maria Carolina Barbosa, de 50 anos, mudou-se para o bairro, elas já estavam ali, como "cuidadoras da vizinhança".

Na praça, as casinhas foram construídas em 2006. (Foto: Fernando Antunes)
Algumas perderam o telhado com o tempo.(Foto: Fernando Antunes)

“Qualquer barulho estranho elas avisam. E de tardinha, de vez enquanto, elas ficam no muro só observando a gente”, conta a moradora.

Perto dali, na pracinha do bairro, duas casinhas também são o abrigo de corujas. Uma já está até um pouco depredada, sem telhado. Carlos Alberto Gondim, de 58 anos, mora na casa que fica em frente a praça há 13 anos.

Ele conta que as casinhas foram construídas em 2006, junto com a praça, por uma sugestão dele.

Carlos e Eunice moram há 13 anos e consideram as corujas parte da vizinhança já. (Foto: Fernando Antunes)

“Eu vi essas casinhas lá na saída para São Paulo, ai perguntei para o pessoal (da prefeitura) se eles não poderiam fazer a casa para as corujas, já que era tão simples. Lembro que eles falaram que iriam perguntar para o chefe, quando terminaram a praça, as casinhas já estavam ai”, relembra.

Ele e a esposa, Eunice Gondim, de 58 anos, contam que as corujas já fazem parte do cenário e não incomodam ninguém, pelo contrario, como são predadoras naturais de ratos e certos insetos, acabam ajudando no controle.

“Elas são tranquilas, não incomodam ninguém! Essa gurizada que incomoda elas. Quando a gente vê, fala para deixar os bichinhos em paz, mas sabe como é molecada”, comenta.

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