Comportamento

Irmãs procuram vestido de crochê, única lembrança da mãe que morreu

Elas dizem que são capazes de pagar recompensa, pois peça foi levada em assalto à residência no Rita Vieira

Thailla Torres | 27/03/2021 07:15
Irmãs e mulheres da família ao lado de dona Marileide, que era crocheteira de mão cheia. (Foto: Arquivo Pessoal)
Irmãs e mulheres da família ao lado de dona Marileide, que era crocheteira de mão cheia. (Foto: Arquivo Pessoal)

Desde o dia 20 de março as irmãs Gisele, Gisleide e Gisleyne não dormem tranquilas e também não param de pensar no sorriso da mãe que amava fazer crochê e presentar a família com roupas feitas por ela.

As três irmãs são unidas e no último sábado perderam uma das maiores lembranças da mãe, que morreu há três anos. A casa da irmã Gisleyne foi assaltada no Rita Vieira, ela perdeu muitos itens pessoais para os bandidos, mas nada doeu mais do que abrir o guarda-roupa e ver que o vestido amarelo longo feito pela mãe havia sido levado.

“Foi uma das peças que a minha mãe fez com muito carinho e deixou para minha irmã, era a principal lembrança dela. Minha irmã, que ainda sofre com a despedida da nossa mãe, também está sofrendo muito por ter perdido o vestido”, explica a auxiliar administrativa Gisele da Silva Ferreira, de 35 anos.

Esse é o vestido que as irmãs procuram. (Foto: Arquivo Pessoal)

Para tentar encontrar a roupa Gisele recorreu às redes sociais. Publicou em diferentes grupos um trecho da história e pediu ajuda para encontrar a peça. Até o momento só conseguiu compartilhamento, nada do paradeiro da roupa.

Gisele diz que está disposta a pagar pela peça caso alguém esteja vendendo. “Às vezes, alguém repassou a roupa pra frente, essa é a nossa esperança. Eu até compro se for possível, tudo para que minha irmã não fique sem essa lembrança”.

A admiração pelas peças de crochê é o ficou da mãe, Marileide da Silva Ferreira, que morreu aos 52 anos, em 2018, vítima de um erro médico durante cirurgia, segundo a filha.

Marileide estava bem quando entrou para uma cirurgia de retirada de pedra na vesícula naquele ano. “Internamos ela no sábado e a enterramos na segunda”, lembra Gisele. Segundo a filha, o médico perfurou o intestino da mãe, que não resistiu às complicações e faleceu. “Na época até pensamos em buscar nossos direitos, mas era muita burocracia e nada do que eu fizesse iria trazer nossa mãe de novo”.

Por isso, os crochês pela casa e que ainda estão no guarda-roupa são lembranças mais que especiais. “Ela amava crochê, tentou ensinar e convencer as filhas a fazerem, mas nenhuma quis, porém, sempre fomos admiradoras do trabalho dela. Nossa mãe era uma mulher feliz e talentosa. Até hoje tenho os vestidinhos que ela fez pra minha filha”, conta.

Encontrar o vestido é o que Gisele mais quer a partir de agora. “Ele é PP, não é em todo mundo que serve, por isso, temos esperança de que alguém devolva. É um vestido único e com valor sentimental muito grande”.

Quem tiver notícias ou souber do vestido amarelo longo feito de crochê, pode entrar em contato com Gisele pelo WhastApp no (67) 99163-0526.

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