Comportamento

Grife nos matrimônios, "Os Trovadores" tem agenda fechada até outubro de 2014

Paula Maciulevicius | 02/10/2013 06:11
Inspirado nos trovadores do século XI, grupo migrou para o mercado matrimonial e hoje se tornou grife. (Fotos: Arquivo/Trovadores do Tempo)
Inspirado nos trovadores do século XI, grupo migrou para o mercado matrimonial e hoje se tornou grife. (Fotos: Arquivo/Trovadores do Tempo)

Com 15 anos de estrada, o quarteto vocal Trovadores do Tempo agregou instrumentos à música a cappella e passou a ter a agenda pautada em tocar e cantar Ave Maria de Gounod. Nos últimos cinco anos, quase todos os finais de semana se resumem a trabalhos em grandes casamentos.

O grupo inspirado nos trovadores do século XI, que difundiam a música popular cultivada pelos nobres em castelos e pelo povo nas ruas, migrou para o mercado matrimonial e hoje se tornou grife nos casamentos.

“O primeiro que a gente fez foi na igreja Cristo Luz dos Povos, na Bandeirantes, era ainda a primeira formação. Convidamos uma pianista e um violinista para tocar com a gente porque a noiva queria esses instrumentos além do quarteto vocal. Ali a gente viu que tinha um mercado para isso e foi quando começou”, conta a meio-soprano do grupo, Miska Thomé.

Pela qualidade do som e cuidado musical, não é difícil colocar o quarteto como um dos melhores do Estado, também no quesito apresentações em casamentos. Com o trabalho voltado ao mercado do ‘sim’, eles realizam uma média de duas audições por mês para mostrar o repertório às noivas. Depois, de fechada a data, o quarteto parte para a seleção de músicas segundo as solicitações dos noivos, que podem incluir clássicas, brasileiras, em inglês, italiano e até alemão.

Com o trabalho voltado ao mercado do ‘sim’, eles realizam duas audições por mês para mostrar o repertório às noivas.

Especificamente para atender às cerimônias, a pianista e co-repetidora Simone Carvalho Gomes entrou para os Trovadores. Os casamentos com músicas ao vivo sempre estiveram em alta, no entanto, o aumento na demanda pelo quarteto se deve ao nome de peso, bagagem e histórico do grupo, explica Simone.

Os contratos são fechados com a mesma antecedência que os primeiros preparativos começam. “Eu já fechei casamento para outubro do ano que vem e já perdi casamento para o mês de junho porque a agenda está lotada”, comenta Simone. Reflexo de uma logística que varia e muito.

Quanto aos preços, Simone responde que tudo é relativo e se tratando do quarteto, quem escuta, não se importa em pagar. “Os Trovadores estão há 15 anos na estrada. Eu digo não somos careiros e nem barateiros. Se a noiva quiser uma orquestra, eu tenho músicos para isso”.

Em cada cerimônia estão os quatro vocais, que pela formação atual são compostos pelos músicos: meio-soprano Miska Thomé; a contralto Adriane Cação; o tenor Daniel Nogueira; o barítono Rodrigo Bueno e a pianista e diretora musical Simone Vieira Carvalho Gomes. Além de equipe de som, incluindo a mesa, técnico e microfones próprios que o grupo leva para onde for se apresentar.

Quando se fala em Trovadores como grife, Miska ri pela brincadeira, mas atribui o conceito à paixão com que todos eles levam as músicas para o altar. “Em primeiro lugar tem a consciência muito profissional do trabalho. A gente ensaia toda semana e faz de corpo e alma. Estuda em casa as músicas e prima por essa qualidade. Essa paixão pela música faz isso um diferencial”, avalia.

Nos siga no