Comportamento

Fotógrafa ganha cliente provando que foto 3X4 também pode deixar a pessoa bonita

Anny Malagolini | 25/09/2013 07:43
Depois de sair até com cor de pele diferente, Eliane se "fidelizou" ao estúdio. (Foto: João Garrigó)
Depois de sair até com cor de pele diferente, Eliane se "fidelizou" ao estúdio. (Foto: João Garrigó)

Difícil encontrar alguém que não reclame da foto 3x4, é quase unanimidade. Até quem é bonito por natureza costuma sair estranho nessas fotos e é condenado a passar a vida com um documento escondido na carteira. Mas em Campo Grande uma fotografa tem a fama de fazer milagres.

Marina Luiza França, de 44 anos, conquistou uma clientela fiel porque consegue deixar as pessoas bem até no tamanho 3X4. Para começar, o estúdio foge daquelas clássicas cabines, que o cliente senta, da uma ajeitada no cabelo e “clique”.

A experiência é aliada na hora de fotografar, diz Marina. São 20 anos dedicados a esse tipo de fotografia, sempre no mesmo endereço, na rua 13 de maio, número 3.258. O negócio foi herdado do avô da filha, um japonês, que segundo ela, foi quem a ensinou os truques desse tipo de fotografia, que ela encara como arte.

O resultado é tão surpreende que é só falar do estúdio dentro da redação que os colegas já mostram as fotos reforçando o talento da fotógrada. O mais comum é ouvir a frase "pela primeira vez não fiquei estranho na foto 3X4".

Marina, demonstrando o sorriso "Monalisa" (Foto: João Garrigó)

O padrão de fotografia, que hoje só serve para documentos e alguns poucos crachás empresariais, sempre foram motivos de reclamações. Acostumada com isso, antes de fotografar, Marina conta que pergunta para qual documento será usada a foto, começa aí a diferença no trabalho.

"Se for para crachá empresarial, pergunto qual o local, para poder aconselhar sobre uma pose diferente", diz. A dica de sempre esta na forma de sorri. “Sempre digo: dê um leve sorriso, tipo Monalisa”, explica.

As fotos também passam por tratamento no computador, para diminuir as imperfeições. “Deixamos a pele uniforme”, conta Mario Márcio, um dos atendentes.

Até o cantor Michel Teló já passou pelo estúdio, um orgulho para Marisa. Em novembro de 2011, ele precisou da foto 3x4 para fazer uma nova carteira de reservista e apareceu de surpresa. Até hoje, ela guarda a imagem como recordação.

Além da iluminação, enquadramento e poses, o cliente também pode se maquiar. Apesar da produção cuidadosa, os preços não se diferenciam dos outros estúdios. Cinco fotos custam R$ 10,00 e oito saem por R$ 17,00.

A vendedora Eliane Yanzom, de 21 anos, se tornou cliente, e pela terceira vez, escolheu os truques da Marina para estampar seus documentos. “Já fiquei até morena em outras fotos, aqui eu fico bonita”, explica a preferência.

A preocupação agora é que a foto digitalizada, como é feita pelo Detran, substitua de vez a forma convencional. Mas enquanto isso não acontece, Marina é a prova de que o capricho em qualquer que seja a tarefa faz toda a diferença.

Michel Teló, um dos clientes do estúdio que teve a foto melhorada no Corel. (Foto: João Garrigó)
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