Comportamento

Depois que Barão perdeu parte da visão, apoio vem do filho e em show dos amigos

Thailla Torres | 05/04/2017 07:49
Depois que Barão perdeu parte da visão, apoio vem do filho e em show dos amigos

"Eu não vi que a porta estava aberta e bati de repente", descreve Marcus Barão, de 47 anos, depois de um acidente enquanto trabalhava. A pancada que foi resultado de um momento distraído, acabou lhe custando a visão do olho direito. Hoje, Marcus só vê vultos e a claridade com cerca de 3% da visão.

Ele conta que estava saindo do estúdio, na Educativa FM, onde é radialista, quando bateu de frente em uma porta de ferro. "Tive um traumatismo, que causou um coagulo no olho e um descolamento de retina. Parece que foi tão fútil, mas foi muito grave", conta.

Marcus já passou por duas cirurgias na tentativas de recuperar a visão. Mas sem sucesso, agora ele se prepara para a terceira. "Na primeira cirurgia retiraram um líquido e colocaram um gel, o procedimento chama vitrectomia. Já a segunda foi feita fotocoagulação para colar a retina novamente".

Marcos vai encarar a terceira cirurgia para recuperar a visão.

Marcus descreve que no momento do acidente já parou de enxergar. "Meu olho ficou cheio de sangue e eu tive a sensação que estava tudo preto. Eu fui ao médico fazer todo procedimento, o oftalmologista receitou um óculos, mas parei de enxergar na hora", completa. 

De repente, o real diagnóstico trouxe um medo. "É agoniante, porque em um dia você está acostumado a enxergar com os dois olhos. E enquanto você tem um olho bom, a gente não percebe que o outro está ruim, mas é muito difícil".

O apoio maior veio do filho de 6 anos, que nasceu com uma má formação no nervo ótico do lado esquerdo e quis amparar o pai em uma situação difícil. "Hoje eu entendo o que meu filho passa, ele também quase não enxerga em um dos olhos. Ele é tão meu parceiro que esses dias ele disse que o olho ruim dele é o meu bom e vice-versa. Fiquei emocionado", diz o pai. 

Ainda em tratamento, Marcus aguarda a próxima cirurgia na esperança de que os médicos possam reverter a situação. "O médico disse que com 6 meses da retirada desse gel vai conseguir definir mais coisas. Minha preocupação era que algo atingisse também o outro olho e por isso eu fiquei bastante desesperado. Talvez por ser pai e amar o que eu faço na comunicação", descreve.

Show - Além do filho, o amparo veio do músico Fernando Deluqui Vasquez, cantor e guitarrista do RPM. Para ajudar, ele vai fazer um tributo a Jimi Hendrix em Campo Grande, no próximo dia 8 de abril, no Blues Bar.

"Ele é um amigo antigo e junto com o Ivan Torres, que é proprietário do bar, abriram espaço para esse show", descreve Marcus.

Essa é quarta vez que Fernando vem à Capital e além dos sucessos da década de 1980, também vai cantar músicas da banda RPM.

A noite terá também o tecladista Alex Cavalheri, com clássicos de O Bando do Velho Jack e músicas da sua banda atual, a Superácida. DJ Juju também vai participar como o "Rei do Flash Back'.

O ingressos já estão à venda pelos valores de R$ 80,00 inteira e R$ 40,00 meia-entrada. Além da carteirinha de estudantes, quem doar uma lata de leite em pó também paga meia. 

Os convites podem ser adquiridos na 1/4 Colchões na Avenida Afonso Pena, 3835.

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