Comportamento

Depois de três meses perdida pelo bairro, tartaruga Roque volta para casa

Ângela Kempfer | 14/02/2013 14:22
O menino Egon entrega Roque a Marcos.
O menino Egon entrega Roque a Marcos.

A bichinha não é fácil. Ficou três meses perdida, mas resistiu bravamente. Ontem, a tartaruga Roque voltou para casa, no Jardim São Lourenço. Apareceu pelas mãos de um casal que há 10 dias a encontrou atravessando uma das ruas do bairro.

Desidratada, com marcas no casco e a suspeita de atropelamento, Roque agora descansa na banheira particular. O casal Marcos e Regina Aroca não tem dúvidas, é a tartaruga que os dois perderam em novembro no ano passado.

“Ela tem um probleminha na perna que só a gente tinha conhecimento e o nosso cachorro fez a maior festa quando a viu”, explica Regina.

A família que a encontrou passava pelo bairro quando Roque surgiu na frente do carro. O casal e os dois filhos resolveram adotar o bichinho, até saber por vizinhos a história da tartaruga que havia fugido de casa e ficou famosa na cidade.

“Eles estão morando há pouco em Campo Grande, por isso não sabiam de nada. Quando contaram, eles foram pesquisar na internet e encontraram a reportagem”, conta Regina.

Por coincidência, o pai é atual presidente da Fundação de Cultura de Campo Grande, Júlio Cabral. Os filhos Orion, de 7 anos, e Egon, de 10 anos, foram os maiores incentivadores para a devolução, disse a mãe aos donos. Ontem, depois da escola, o mais velho foi quem entregou a tartaruga a Marcos.

Em novembro, Roque conseguiu escapar de casa quase como uma “tartaruga ninja”, se contorcendo e atravessando a cerca do portão principal. O vídeo foi parar no Youtube e Roque ficou conhecida.

"A gente acha que ela saiu andando e se perdeu. Deve ter ficado esse tempo todo pelo bairro, perambulando", avalia Regina.

Agora, em casa, a família comemora o “bom coração” de quem devolveu o animal. “Eles têm duas crianças, que ficaram encantadas com a tartaruga. Mesmo assim, devolveram, por entender a nossa dor”, diz a dona que há 15 anos trata Roque como uma filha.

Roque agora nada na banheira de casa.
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