Comportamento

Depois de perder celular na balada, garota de programa vira sucesso no WhatsApp

Anny Malagolini | 08/08/2013 08:50
Depois de perder celular na balada, garota de programa vira sucesso no WhatsApp

Quarenta minutos sem o celular foram suficientes para "Dulci Paina" ser o nome mais conhecido do WhatsApp em Campo Grande. Nas últimas semanas, a moçada que tem o aplicativo ficou louca com fotos picantes da comerciante de 25 anos e ela resolveu lucrar com o trabalho de garota de programa.

As fotos começaram a circular depois que Dulci perdeu o celular na balada sertaneja mais famosa da cidade. Em uma das imagens, a loira aparece no meio de 3 homens, dentro da casa noturna, mostrando um dos seios. Detalhe: a boate estava lotada.

Livre de pudores, Dulci conta que não se incomodou com tamanha exposição e viu nisso mais uma forma de ganhar dinheiro. Agora, ela cobra R$ 300,00 pela hora do programa e contabiliza em média dois atendimentos por dia. A meta é elevar esse número para 3. "Sempre quis ser a melhor no que eu fiz, e com o programa não é diferente".

Separada há 4 meses, comenta que resolveu "dar um novo rumo a vida" e percebeu que o assédio na balada podia render dinheiro. "As meninas fazem sexo e os homens ainda saem falando mal, pelo menos vou ganhar alguma coisa".

Dulci faz propaganda no Facebook.

Descolada - No bairro Cophavilla II, ela mantém desde o inicio do ano uma loja de acessórios femininos, mas depois de tanta "propaganda", as clientes sumiram. Aproveitando a boa recepção entre os homens, ela decidiu trocar os artigos femininos por masculinos e hoje vende camisas, camisetas...

O assédio é tanto que admiradores pedem até para tirar foto e, além da Capital, a comerciante conquistou fãs de várias cidades do interior e do País, que são comprovadas pelas mensagens do "whats". Segundo ela, em duas horas sem movimentar o aplicativo, Dulci acumulou mais de 1200 mensagens não lidas.

Mas com a exposição, logo surgiram boatos, um deles é de que ela seria portadora do vírus da AIDS. Irritada, a garota usou a página pessoal do Facebook para desmentir e anunciar que realizaria o exame para provar que não está infectada. "Isso é inveja", justifica.

Dulci é campo-grandense, e morou por muitos anos em São Paulo, onde diz que se formou em Moda. De volta, ao lado da irmã, depois de trabalhar e ganhar menos que gostaria em bar da Afonso Pena, ela conta que ouviu de um segurança a sugestão de ser "acompanhante".

Ela assumiu a profissão mais antiga do mundo e, sem meias palavras, declara a quem perguntar qual é sua nova ocupação após o expediente no comércio. "Assumi toda a responsabilidade, não tem hipocrisia".

Segundo ela, o motivo do sucesso não está só na beleza de cabelos encorpados loiros, corpo malhado e olhos claros. Para Dulci, "o que encanta os clientes é o jeito meigo".

Família - A mãe apoia a decisão, apesar das ressalvas. "Não acho correto, mas vejo isso como uma fase". A professora Vera Lucia, de 53 anos, conta que quando soube da ocupação da filha, ficou triste, mas superou. Mesmo evangélica, ela vê o preconceito como falso moralismo. "Fazer sexo sem amor é uma venda também, porque só com amor nos doamos."

Mas a profissão tem prazo para acabar, jura a comerciante. Dulci pretende até dezembro parar de atender e investir apenas na loja. "Quero ser empreendedora, ano novo, vida nova".

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