Comportamento

De abuso em abuso, ida ao supermercado pode ser muito irritante em Campo Grande

Educação não tem preço e até ficar na fila seria agradável se cada um fizesse sua parte

Thailla Torres | 10/07/2017 06:15
A paciência começa em alta, mas vai caindo a cada corredor.
A paciência começa em alta, mas vai caindo a cada corredor.

Fazer compras no supermercado pode ser algo extremamente irritante por conta de tanto de consumidor inconveniente.  Ali você identifica o quanto as pessoas têm dificuldade de pensar no coletivo. Minutos de observação e a análise simples é que uma série de comportamentos acabam com a paciência de qualquer um em Campo Grande.

O exercício de tolerância começa no estacionamento. Respire três vezes para não sentir vontade de procurar a pessoa que deixou o carrinho bem no meio de uma das vagas. Esse tipo de cena não falta, mostrando que deve ser mesmo problema caminhar alguns metros para guardar o que a pessoa tirou do lugar, regra básica que se ensina na infância.

Viver em comunidade não é mesmo fácil. Tem as clássicas de supermercado, como usar vaga preferencial ou "abandonar" o carro ao invés de estacionar, ocupando mais de uma vaga. Sem contar aquela pessoa que pesa o pé no acelerador até dentro do estacionamento movimentado.

Quem nunca se irritou com essa cena? (Foto: Thailla Torres)

Violação de produto e indecisão também são outros pontos levantados. Muitas vezes o cliente não consegue chegar à conclusão sobre o produto que vai levar e acaba deixando carne, fruta ou qualquer outro alimento no setor de limpeza, por exemplo.

Tem gente que se irrita até com carrinho no meio do supermercado, impedindo a passagem de outro. Mas desrespeito na fila é quase unanimidade nas reclamações e por vários motivos.

Entre eles, está o excesso de compras quando o lugar é destinado a, no máximo, 20 itens. "A gente chega na fila e a pessoa está com a compra do mês no carrinho. Ou seja, a fila rápida acaba ficando mais devagar e isso é grande problema", desabafa Rosana Gutierrez Acosta, de 41 anos, que vai ao supermercado quase toda semana.  

Outro desgaste vem na hora de achar o preço nas gondolas, isso parte do consumidor e também da organização do mercado. "Eu já vi cliente chegando aqui e arrancando o preço só para comprovar no caixa. Aí a gente vai olhar e está tudo trocado. Fica difícil", reforça Rosana.

E o cara que não tá nem aí para a fila quilométrica e resolve, já no caixa, voltar para pegar uma  "coisinha", deixando todo mundo de molho a espera?

Embalagem violada também irrita alguns clientes. (Foto: Thailla Torres)

Além da educação duvidosa do consumidor, os supermercados também colaboram e muito com a chateação. Em um dos locais que o Lado B visitou, de 22 caixas, somente 6 estavam atendendo numa tarde de sábado. É o único dia que a dona de casa, Beatriz Martins, de 44 anos consegue fazer compras no meio da correria. "Só tenho esse dia e ainda preciso enfrentar isso?"

O que tira Maria de Freitas do sério é desorganização no sistema da empresa. "Eles anunciam um desconto e quando a chega no caixa, o preço é outro. Se a pessoa não fica atenta, acaba pagando o preço mais caro. E sempre que isso acontece é uma demora para o funcionário verificar que o preço promocional está no mercado. Isso causa fila e cansa", explica.

Para acabar com o bom humor de vez, quem nunca chegou no caixa bem na hora que o troco faltou, o cliente da frente resolveu questionar alguma coisa no comprovante de pagamento ou você não percebeu que há horas  o funcionário já havia colocado na esteira aquela plaquinha "Dirija-se ao caixa ao lado"?

Para quem começa a semana fazendo compras, boa sorte!

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