Comportamento

Com tema SUS, Diego não imaginava mais um aniversário sem amigos

Em suas redes sociais, Diego falou sobre a frustração de mais um aniversário distante de amigos e familiares

Lucas Mamédio | 04/05/2021 08:24
Diego em seu aniversário em 2021, comemorado, mais uma vez, on-line (Foto: Arquivo Pessoal)
Diego em seu aniversário em 2021, comemorado, mais uma vez, on-line (Foto: Arquivo Pessoal)

Muitos aniversariantes de 2020, principalmente aqueles nascidos depois de março, tiveram a mesma frustração e esperança. Frustração por não estar com amigos e familiares, ou todos eles, e esperança de que em 2021 isso não seria mais uma imposição. Infelizmente, estávamos enganados.

Isso foi exatamente o que aconteceu com o professor Diego Neves, de 27 anos. Em suas redes sociais, ele expôs a frustração de ainda ter de comemorar o aniversário em isolamento.

“Já faz um ano que fiz meu primeiro webaniversário, acreditando que seria o último, e que ontem (2) estaríamos todos juntos comemorando. Dessa vez, não tive tanto tempo para me empenhar na decoração, mas foi feito com o mesmo carinho e significado. Foi muito bom ter visto vocês todos juntos de novo, mesmo que na tela do celular, e posso garantir que foi um dos melhores dias do meu ano, se não o melhor. Espero que ano que vem estejamos todos vacinados, e possamos comemorar da forma que combinamos, por enquanto, paciência e cuidarmos de nós como pudermos. Obrigado, vocês são demais”, colocou na legenda de sua foto.

Foto, aliás, que homenageia o SUS, único meio pelo qual milhões de brasileiros têm para se tratarem da covid. “As únicas duas coisas que podem frear essa pandemia e poupar a vida das pessoas que vivem nesse país são a vacina e o isolamento social, e infelizmente vivemos no Brasil em que, por meio de um comportamento absurdo, se nega condições para que os trabalhadores possam fazer o isolamento sem passarem necessidades e a necessidade da vacina, e mesmo assim, milagrosamente, o SUS resistiu. Mereceu a homenagem.”

Diego comemorando webaniversário em 2020 (Foto: Arquivo Pessoal)

Diego conta que nas primeiras semanas de pandemia imaginava que essa fase não duraria tanto tempo. “Até que entendemos a dimensão do que estava acontecendo, a partir daí já aceitei que ficaria mais um ano sem reunir meus amigos, infelizmente foi tudo que eu pude fazer”.  

O professor conta que tem colegas que vivem em países que estabeleceram o isolamento desde o começo e que, graças a isso, sofreram as consequências do vírus por pouco tempo. 

“Tenho amigos que moram em países em que até mesmo os jovens já foram vacinados, recebo fotos e vídeos desde maio do ano passado de alguns deles se divertindo com a comunidade sem precisar ter qualquer preocupação com a pandemia, enquanto por aqui é rotina ver amigos perdendo familiares”, lamenta.

Para não passar mais um ano sem poder ver seus amigos, Diego faz um apelo. “Nesse momento, assim como desde o primeiro dia de pandemia, precisamos de duas coisas: isolamento social e vacina. Porém, não há como ter isolamento social se o governo não dá condições suficientes para os trabalhadores sobrevivam enquanto estão sem trabalhar, e não há como ter vacinação em tempo satisfatório sem que haja compra suficiente de vacinas”.

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