Comportamento

Com pneu de Corcel no chão, avô procura ajuda para consertar carro de associação

Paula Maciulevicius | 19/04/2015 08:08
Corcel II é levado com guincho a todos os lugares de doação. (Foto: Alcides Neto)
Corcel II é levado com guincho a todos os lugares de doação. (Foto: Alcides Neto)

Os cabelos brancos mostram que já se passaram algumas décadas de trabalho. No crachá, a foto antiga é de um Alcebíades novo, logo no início da fundação da associação. O avô que fundou a entidade para reunir doadores de sangue depois da morte da neta, hoje tem o sonho de ver o Corcel II rodando de novo. O veículo, segundo ele, foi doado pela maçonaria.

Responsável por fazer a carteirinha dos doadores de sangue no Estado, seu Alcebíades Santiago Franco, tem 79 anos e percorre os pontos de coletas de sangue, além de intermediar a vinda das unidades móveis para lugares como o estacionamento da Prefeitura, que foi onde o encontramos.

Veículo da década de 70 foi doação e hoje não roda nem meio metro. (Foto: Alcides Neto)
Crachá mostra seu Alcebíades ainda de cabelos pretos. (Foto: Alcides Neto)

Na semana passada, ao acompanhar o cadastramento dos servidores municipais em doadores, seu Alcebíades mostrou o carro, um Corcel II da década de 70, o primeiro, segundo ele, movido à álcool no País.

"Já escreveram cartas e e-mails para produção de programas, mas não tive resposta ainda", diz. Os programas de TV são aquelas voltados ao conserto de carros, que poderiam dar uma repaginada e fazer voltar andar o Corcel II.

Por enquanto ele está encostado na sede da associação, na Rua Júlio Barone, no bairro São Francisco, em Campo Grande. "Eu perdi uma neta de 1 ano e 9 meses de leucemia, então vai fazer 25 anos que eu abracei essa causa. Sou o presidente e fundador", explica Alcebíades.

O carro não anda nem meio metro e é necessário ser trazido ou levado de guincho. A Associação dos Doadores de Sangue leva o nome de José Scaff e onde seu Alcebíades vai, faz questão de levar o Corcel II. Uma forma de ver se consegue quem conserte o veículo. Vender? Ele responde que nem pode. "Foi doação da família maçonaria". O telefone da Associação é o 3356-2037.

Avô criou associação depois de perder a neta para a leucemia. (Foto: Alcides Neto)
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