Comportamento

Bar curioso de um baiano vende roupa, cachaça e até cabeça de pacu

Aos 72 anos, proprietário cuida do lugar que é mistura de bar e brechó com muitas peças curiosas

Por Jéssica Fernandes | 24/04/2024 07:28
No Bairro Panorama, venda tem de peixe a roupas para vender. (Foto: Alex Machado)
No Bairro Panorama, venda tem de peixe a roupas para vender. (Foto: Alex Machado)

Cabeça de pacu, roupas, molho de pimenta e pele de porco são alguns dos itens que Marcelino Pereira, de 72 anos, vende a partir de R$ 3 e, às vezes, até de graça. O lugar, que é uma mistura de bar, brechó e peixaria, desperta curiosidade pela infinidade de produtos. 

Passando pela rua, a placa ‘Temos cabeça de pacu e pele de corpo’ chamam atenção, pois logo atrás estão várias roupas penduradas no varal. As peças compõem o cenário onde também está uma mesa de bilhar e o senhor sentado na cadeira

Natural da Bahia, Marcelino veio para Mato Grosso do Sul em 1984.  Desde então, ele vive no Bairro Panorama. “Gostei daqui e daqui não saio”, declara. Sentado na cadeira ouvindo a música que vem do jukebox, o dono do bar convida a reportagem para ocupar as cadeiras livres que o cercam.

Marcelino Pereira, de 72 anos, é proprietário do lugar. (Foto: Alex Machado)

Há anos, o baiano administra o local onde a bebida é o ‘carro-chefe’ e o que mais atrai a clientela. “Aqui sai mais a cervejinha, esses panos eu quase não vendo”, diz. 

Calças jeans, vestidos, shorts e camisas são algumas das peças que preenchem dois varais no quintal. Outros tecidos, como mantas e cobertores estão espalhados pelo lugar. Questionado sobre o preço das roupas, Marcelino brinca. “É de graça. Quem quiser vem, pega e leva”, afirma. 

Além das roupas, ele também tem uma coleção de sapatos à venda. Em cima da mesa, a quantidade de tênis e sandálias espalhadas indicam que os itens também não tem muita saída. 

Sapatos infantis e adultos dividem espaço na mesa de madeira. (Foto: Alex Machado)
No varal, roupas saem praticamente 'de graça' para os clientes. (Foto: Alex Machado)

Após conversar sobre os clientes, há quanto tempo tem o empreendimento e que ninguém que frequenta o bar dá trabalho, Marcelino mostra a parte interna e a prateleira das bebidas. Próximo a elas está o freezer onde fica armazenada a pele de porco. “Serve pra botar no feijão”, diz o vendedor. 

Apesar de ter um bom estoque da pele de animal, as cabeças de pacu estão em falta. A parte do peixe, ao contrário das roupas, nunca ficam paradas tempo demais, pois sempre tem alguém disposto a comprar. 

O negócio de Marcelino é bem curioso pelas aleatoriedades que compõem o cenário. Enquanto a jukebox mostra que tem funcionalidade, a máquina de garapa virou item decorativos após estragar. A garapeira é usada para apoiar um quadro pintado pela neta e vários outros bonecos.

No lugar onde se vende de tudo, o senhor faz questão de sempre oferecer um copo de cachaça ao cliente.

Na área interna são guardadas coleção de pimenta caseira. (Foto: Alex Machado)
Cachaças de todas as marcas são vendidas a partir de R$ 3. (Foto: Alex Machado)

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