Comportamento

Aos 22 anos Igor resolveu viajar, aos 35 conhece 153 países e escreve 2º livro

Thailla Torres | 23/10/2016 08:28
Igor já esteve em 153 países e pretende ter uma família viajando pelo mundo. (Foto: Arquivo Pessoal)
Igor já esteve em 153 países e pretende ter uma família viajando pelo mundo. (Foto: Arquivo Pessoal)

Longe de casa e da família, Igor Galli, de 35 anos, decidiu fazer do mundo o próprio quintal. Nasceu em Goiânia, saiu de viagem aos 22, e hoje retorna ao Brasil para visitar as belezas naturais e buscar conteúdo para o segundo livro. Entre eles, Bonito será um dos destaques, porque o viajante conheceu e acabou se apaixonando. 

Determinado, o sonho de Igor começou aos 15 anos, quando decidiu que mudaria de vida. "Resolvi que não queria viver somente para trabalhar. Vejo as pessoas levantarem às 6h da manhã e só voltar para a casa à noite. No fundo, não acabam vivendo, acho que são escolhas, mas eu resolvi ser diferente", conta. 

Mas antes de sair por aí com uma mochila nas costas, Igor deixou o lado organizado dele falar mais alto. "Decidi trabalhar para me garantir por um bom tempo. Trabalhei 10 horas por dia durante 3 anos. Sem folgar fim de semana e feriado. Comecei a estudar sozinho, inglês, espanhol, francês e italiano", conta.

Visita ao Egito. (Foto: Arquivo Pessoal)
Viagem para Austrália. (Foto: Arquivo Pessoal)

Formado em Turismo, o contato com o mundo ficou ainda mais fácil. Tanto que Igor já viajou por 153 países e diz que ainda quer mais. "É um sentimento incrível e faço o que muita gente tem vontade de fazer. Não tenho casa fixa e nem carro, mas eu mando na minha vida e isso não tem alegria maior. Não vejo sentido em parar".

O objetivo vai além da diversão. Para ele, é um estilo de vida. Com o tempo, resolveu mostrar às pessoas que viajar o mundo não significa ter dinheiro. "É preciso coragem. Conheci pessoas que viajam sem nada no bolso. Mas é claro que o dinheiro te dá um conforto maior, mas por isso que também é uma escolha se organizar e romper barreiras. No meu caso ralei muito, trabalhei duro. Investi o dinheiro em construções que mantém minha renda", conta.

Ter cabeça aberta é a uma forma de encarar bem as surpresas. "A gente fica longe do conforto até mesmo quando é organizado. Tem que ter isso muito claro. Faço as viagens, mas enfrento de tudo. Pego carona, vou de ônibus e quando a distância é maior, pego avião. Mas tudo com custos muito reduzidos." 

Com a experiência de vida e o encantamento pelos lugares, Igor se tornou escritor. O primeiro livro dele foi "As Melhores Atrações Culturais do Mundo", que apresenta 301 opções de destinos selecionados durante 6 anos de pé na estrada. Agora, o viajante quer lançar a segunda edição que terá o título "As Melhores Atrações Naturais do Mundo", entre elas, Bonito que Igor conheceu no fim de semana.

"Uma das coisas mais lindas que eu já vi. E o Rio da Prata vai estar no meu top 10 de lugares incríveis", afirma o turismólogo.

 

Nova Zelândia (Foto: Arquivo Pessoal)
Bonito, um dos lugares que vai estar no livro do viajante. (Foto: Arquivo Pessoal)

Durante as viagens, Igor adquiriu experiência e surgiram pessoas que acabaram se tornando amigas. "Em cada lugar é uma pessoa diferente que a gente conhece, muitas vezes te estende a mão e quando gente sai acaba levando um grande amigo", diz. 

Entre as lembranças, carrega na memória as maiores aventuras e demonstra ser um apaixonado por esporte radical. "Escalei a montanha Elbrus, a mais alta da Europa. O Aconcágua, a montanha mais alta da América do Sul e Cotopaxi, o vulcão ainda ativo que está entre os mais altos do mundo". 

Com espírito aventureiro e a experiência de vida que as viagens lhe proporciona, tudo o que faz para ele não tem preço. Diz que vale o esforço e não sente vontade de voltar para casa. "Só Deus sabe o quanto eu estou feliz do jeito que eu vivo. O mundo é lindo e tem tantas maravilhas. Até pretendo ter uma família, mas terei que viver com eles pelo mundo", deixa claro. 

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