Comportamento

“Anjo” em atendimento fez Adão reencontrar os filhos após 40 anos

Um gesto de gentileza durante assistência rural mudou a vida da família que não se via há 4 décadas

Por Thailla Torres | 31/01/2024 16:33
Adão dos Santos Morais ao lado das filhas e neta
Adão dos Santos Morais ao lado das filhas e neta

Adão dos Santos Morais, 69 anos, ficou quatro décadas sem notícias dos filhos. Quando perdeu a esperança de um novo abraço, um ‘anjo’ surgiu em sua residência para mudar essa realidade. Foi assim que ele e os filhos se encontraram após 40 anos de distância. 

A história parte do atendimento do engenheiro agrônomo Fernando Marcos Zarantonalli, que é extensionista do Instituto BioSistêmico (IBS) no Programa Produzir Brasil no Mato Grosso do Sul e presta assistência técnica e rural às famílias inseridas no programa. 

Numa conversa durante atendimento no Assentamento Foz do Rio Amambai, em Itaquiraí, a 405 quilômetros de Campo Grande, Fernando soube da história de Adão, que não tinha esperança de reencontrar os filhos.

Comovido com a história do aposentado, Fernando fez algumas buscas em redes sociais e localizou o filho caçula e, logo depois, estava em contato com as filhas também. Todos eles moram em Sinop, no Mato Grosso.

“Parece até novela de tão incrível que é essa história. Como o Seu Adão vive sozinho, faltava alguém disposto a ajudar. Quase quatro décadas sem ver os filhos e resolvemos em algumas horas de busca nas redes sociais. O que parecia inatingível estava ao alcance de uns cliques no celular”, relata o agrônomo.

Fernando soube da história de Adão, que não tinha esperança de reencontrar os filhos.

Para Adão, o gesto de Fernando mudou a vida da família. “Ele foi um verdadeiro anjo em nossas vidas. Ainda é difícil de acreditar que reencontrei meus filhos. Eu não sabia se estavam vivos ou mortos, não tinha ideia do paradeiro deles. Agora, não estou mais sozinho. Tenho a minha família”, comemora.

O reencontro foi no ano passado. Duas filhas, a bisneta, a neta e o esposo saíram de Sinop rumo a Itaquiraí para o tão esperado abraço. “Eu não aguentei e caí no choro de tão feliz que estava”, relembra o aposentado.

“Foram dias felizes, colocando a conversa em dia, matando a saudade”, afirma Claudete dos Santos Morais, a filha mais velha de Adão,  que organizou a viagem da família de Sinop para Itaquiraí.

Depois do reencontro, pai e filhos mantêm contato frequente por telefone e já estão programando um próximo encontro. “Em maio, eu quero ir visitá-los em Sinop. Vai ser bom sair um pouco, ir passear em outra cidade, rever todos os meus filhos”, planeja Adão.

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