Artes

Em Dourados, diretor diz que cidade foi fundamental para filme acontecer

Priscilla Peres e Helio de Freitas, de Dourados | 19/04/2016 16:50
Diretor fala das dificuldades de ter gravado o filme com orçamento curto. (Foto: Eliel Oliveira)
Diretor fala das dificuldades de ter gravado o filme com orçamento curto. (Foto: Eliel Oliveira)

O filme "Em Nome da Lei" rodado em Dourados - distante 233 km de Campo Grande, estreia quinta-feira nos cinemas nacionais, mas os moradores do município que sediou as gravações conferem a pré-estreia hoje. Em coletiva, o diretor Sergio Rezende falou sobre o roteiro e as dificuldades de fazer o filme.

Com Mateus Solano e Paola Oliveira no elenco, o filme conta sobre o tráfico na fronteira e é inspirado na vida do juiz federal Odilon de Oliveira. O filme é uma ficção, que "dá uma aula sobre a realidade e levanta discussões sobre um tema recorrente no país. Basicamente é um filme de entretenimento para se levar para casa algum aprendizado", disse o diretor.

Sergio Rezende afirma que a vida do juiz o inspirou. "Os grandes centros não tem noção do que acontece aqui. Até hoje ele paga um grande preço por sua atuação contra o tráfico de drogas, vivendo preso, cheio de seguranças", explicou o diretor do filme gravado entre março e maio do ano passado.

Ele conta que esteve várias vezes com o juiz antes de fazer o filme e que Odilon vai assistir a estreia amanhã, em Campo Grande.

Com orçamento de 7,5 milhões de dólares, ele afirma que se não fosse em Dourados o filme não teria sido feito. "Valor ridículo, não pagaria nem o cachê de um ator de Hollywood. No Brasil a gente faz mágica". Ele ainda ressaltou que recebeu muito apoio logístico e colaboração da população do município.

Sobre o resultado final, o diretor afirma que "eletrizante" foi a palavra que mais ouviu nas pré estreias em São Paulo e no Rio de Janeiro. "Tivemos cena de helicóptero, de muita ação", ressalta.

Emílio Dantas conta de seu personagem no filme.(Foto: Helio de Freitas)

O ator Emílio Dantas interpreta Hermano no filme. O personagem é braço direito de Gómez, o chefe do crime, filho bastardo do vilão e viciado em morfina. Hermano é manco por causa de um ferimento de tiro na perna.

Para interpretar o personagem, Emílio conta que estudou muito e que fez laboratório para entender o dialeto dos moradores da região. "Não conhecia a fronteira. Chamou atenção a beleza da fronteira, as cores, as plantações. É muito doido dar um passo e sair do país", disse ele sobre a faixa de fronteira.

Durante os dois meses de gravações em Dourados, a equipe envolveu 731 pessoas. Apesar de gravado com atores, cinegrafistas e outros trabalhadores locais, o nome da cidade não vai aparecer nas telonas. A cidade do filme tem nome fictício.

Diretor e ator do filme falaram sobre estreia que acontece nesta semana. (Foto: Eliel Oliveira)
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