Artes

Depois de CD, poesia de Manoel de Barros vira animação e peça infantil

Ângela Kempfer | 09/08/2012 12:40
Imagem do clipe "Linhas Tortas", veiculado pelo canal Gloob.
Imagem do clipe "Linhas Tortas", veiculado pelo canal Gloob.

O trabalho tem tamanha sensibilidade que a cada dia ganha uma nova linguagem. O CD Crianceiras, de Márcio de Camillo, faz música da poesia de Manoel de Barros, projeto que agora ganha animação e em outubro estréia como peça de teatro, produzida por grupos de São Paulo e Campo Grande.

Primeiro o CD infantil ficou entre os finalistas do Prêmio da Música Brasileira. Não venceu, mas em seguida ganhou o canal infantil Gloob, emissora a cabo do grupo Globo. Cinco canções do CD viram história animada, em clipes que começam a ser lançados nesta semana.

Duas canções já estão no ar: “O Menino e o Rio” e “Linhas Tortas”. Até sábado estréiam “Se achante”, “Sombra Boa” e “Os Rios Começam a Dormir”. As músicas são lindas e ficam especialmente simpáticas com as ilustrações de Martha Barros, a filha de Manoel, e a animação de Josué Júnior.

No universo infantil, entram um menino que sonhava em ter perna mais curta só para poder andar torto, um caranguejo metido e uma sombra boa que não tinha e-mail.

“A TV Cultura também entrou em contato, interessada em produzir algo a partir do CD”, conta Márcio de Camillo.

Não foi fácil produzir o CD, demorou cinco anos, mas a partir do lançamento a proposta só cresce. “Pensei em musicar em 2007, procurei o Manoel e ele acompanhou tudo de perto. A poesia dele é mundial, por isso a gente chega tão longe”, avalia o músico.

Em dois meses, a novidade será um espetáculo de teatro. Márcio guarda segredo, diz que em dez dias vai divulgar os detalhes, nem sequer fala se a estréia será em Campo Grande ou fora do Estado, mas antecipa que será algo multimídia, com diversas linguagens.

A direção será de Luiz André Cherubini, do grupo paulista Sobrevento. O diretor é conhecido pelo uso de técnicas de manipulação de bonecos e animação, uma dica de como deve ser Crianceiras no teatro.

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