Artes

Museu que integra combo de concessão do Parque das Nações terá obra de 7 milhões

Local passou por reforma recente e foi reaberto em março de 2022, após 2 anos fechado e R$ 130 mil investidos

Por Gabriela Couto | 26/01/2024 15:45
Fachada do prédio do Museu de Arte Contemporânea, anexo ao Parque das Nações Indígenas (Foto: Instagram)
Fachada do prédio do Museu de Arte Contemporânea, anexo ao Parque das Nações Indígenas (Foto: Instagram)

A Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura anunciou nesta sexta-feira (26) que irá reformar novamente o MARCO (Museu de Arte Contemporânea). O edital ainda será lançado, mas a previsão da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul) é que sejam investidos R$ 7 milhões ao projeto. 

Para realização da obra será preciso fechar as portas do espaço cultural por mais dois anos. Vale lembrar que o museu ficou fechado entre 2020 e 2022. Além do motivo da pandemia, o local fez parte do programa “Retomada MS” e recebeu R$ 130 mil para renovar a pintura interna e arrumar o telhado. A reabertura ocorreu no dia 23 de março de 2022. 

O secretário da pasta, Marcelo Miranda, justificou que apesar de ser “lamentável” o novo fechamento por mais dois anos, a execução do projeto é necessária. “O que fizeram antes foram intervenções emergenciais. Só corrigiram o problema, não reformaram. Agora vai ser uma reforma total, garantindo a climatização e a acessibilidade do prédio”, justificou.

Classe artística de Mato Grosso do Sul foi convidada para conhecer o projeto de reforma e revitalização do prédio nesta manhã (Foto: Instagram)

A reportagem do Campo Grande News também questionou o fato de realizar uma obra no museu que fará parte do projeto de privatização do Governo do Estado para o complexo do Parque das Nações Indígenas. O estudo da PPP (Parceria Público-Privada) deverá ser concluído no meio deste ano. A ideia é entregar a administração do Bioparque Pantanal e todo o seu entorno para uma empresa, por meio de concessão.

Miranda explicou que como a PPP ainda está em fase de estudo não tem por que esperar a obra que é necessária. “A privatização é uma proposta, não sabemos se vai acontecer, a expectativa é que sim. Se não acontecer a privatização, o Marco ficará em condição de receber grandes exposições. Caso aconteça, esse investimento acrescenta no passivo que vai ser apresentado nas empresas. Não podemos ficar esperando e não tomar ação ao Marco”.

Ele assegurou que por conta da burocracia dos processos, a reforma seguirá o cronograma e se houver a PPP antes do fim da obra, haverá interrupção do projeto a fim de definir o inventário a ser passado para a empresa vencedora.

Secretário de Estado de Cultura, Marcelo Miranda, segurando o microfone durante discurso (Foto: Instagram)

Projeto – Nesta manhã, representantes da cultura foram ao Marco conhecer o projeto e dar sugestões à proposta. “Apresentamos para o pessoal da cultura para saber se eles concordam e tiveram uma receptividade excelente”, destacou Marcelo.

As ideias apresentadas serão avaliadas pela Agesul que está em fase final do projeto da reforma e revitalização do prédio. A novidade é a criação de uma sala imersiva e uma cafeteria aos visitantes. A assessoria de imprensa não repassou os detalhes alegando que ainda passará por alterações após as sugestões dos artistas. 

O Marco foi criado em 17 de dezembro de 1991. A primeira sede se localizava na Rua Calógeras, nº 2499, esquina com a Marechal Cândido Mariano Rondon, em edifício adaptado para a finalidade museológica, permanecendo neste endereço até 1999, quando foi instalado provisoriamente na Rua Barão do Rio Branco, nº 1980.

A sede definitiva, projetada pelo arquiteto Emmanuel de Oliveira, começou a ser construída em 1993 e foi concluída em julho de 2002, com recursos da Lei de Incentivo à Cultura. 

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