Artes

Mesmo depois de calote, Marina Peralta correu atrás e hoje lança CD "Agradece"

Thailla Torres | 05/06/2016 07:15
O show será neste domingo (5) na Concha Acústica Helena Meirelles. (Foto: Divulgação)
O show será neste domingo (5) na Concha Acústica Helena Meirelles. (Foto: Divulgação)

Aos 23 anos e com uma voz marcante, a cantora Marina Peralta lança neste domingo o primeiro CD da carreira e já com 12 músicas autorais. O nome parece natural, diante do processo até a conclusão do projeto. "Agradece" é como o sentimento de amor pelo trabalho que teve esforço e apoio coletivo. 

"Estou bastante emocionada. As vezes no ensaio dá até um nó na gargante, mas agora está tudo mais tranquilo. É um momento de celebrar mesmo esse passo e as pessoas são totalmente responsáveis por isso ter acontecido. Por isso, é a uma forma de agradecer às pessoas", comemora. 

A maioria das canções foi escrita há três anos. Em 2015, Marina foi selecionada no Fmic (Fundo Municipal de Incentivo à Cultura)  para gravação do CD, no entanto, levou o calote da Prefeitura e, para não desistir do sonho, iniciou uma campanha de financiamento coletivo para arrecadar doações. 

"Esse lance do Fmic foi muita sacanagem. O financiamento coletivo foi a alternativa que a gente viu na época e foi emocionante", descreve sobre a colaboração.

"Vimos que a galera estava afim e gostando, não conseguimos atingir exatamente a meta que a gente tinha planejado, mas o que conseguimos foi o suficiente para realizar o trabalho. E o sentimento pode parecer clichê, mas é de gratidão por todo cuidado. Me sinto muito amada, por saber que as pessoas querem curtir um trabalho que é daqui", declara. 

Marina está grávida e espera ansiosa para ver o rosto da filha que vai se chamar Lua. Poder curtir o lançamento do CD e a maternidade é um misto de emoções. "É uma mistura louca, porque saber que a minha filha está acompanhando tudo ao meu lado e, principalmente, saber que vai ser filmado e um dia ela vai ver tudo isso, é muito emocionante", comenta.

Sobre o apoio da prefeitura e do Estado, a cantora reforça a deficiência que impede diversas produções culturais. "Na verdade, eu acho que as fundações de cultura deveriam cumprir com as obrigações, que é proporcionar arte, cultura e lazer gratuitos para a população. Mas ainda acho que é muito burocratizado, é muito papel e você tem que comprovar muita coisa pra conseguir apenas um apoio. E essa burocracia emperra, impede que muita gente tenha acesso as políticas públicas de cultura", finaliza. 

O show será realizado hoje (5) na Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas, a partir das 17h. A entrada é gratuita. 

Curta o Lado B no Facebook.

Nos siga no