Artes

Maracangalha comemora 11 anos, com arte nas ruas de Campo Grande

A programação é gratuita e vai até o dia 16 de junho pelas ruas da cidade

Thailla Torres | 12/06/2018 08:04
São 11 anos de teatro e luta para manter a arte nas ruas. (Foto: Vaca Azul)
São 11 anos de teatro e luta para manter a arte nas ruas. (Foto: Vaca Azul)

Nesta semana, o Teatro Imaginário Maracangalha celebra 11 anos de cultura a céu aberto. Para comemorar o tempo de atuação do grupo que leva no repertório a questão indígena, a luta pela igualdade e acredita em um teatro que rompe barreiras, haverá uma série de apresentações gratuitas durante a semana pelas ruas da cidade

A companhia de teatro iniciou os trabalhos em Campo Grande no ano de 2006, desenvolvendo ações de arte pública e pesquisando o teatro de rua, com cortejos e intervenções urbanas frequentes. "Pra gente é um orgulho, porque são anos de pesquisa intensa, independente de editais, para uma arte democrática que seja acessível para todas as pessoas", diz o diretor Fernando Cruz.

Pelo tempo de início é possível calcular que neste ano, na verdade, o grupo faz 12 anos. Mas devido ao atraso do pagamento para que este projeto fosse levado às ruas, no ano passado, somente agora o grupo conseguiu fazer a comemoração de 11 anos.

Ao longo desse tempo, a companhia decolou para os festivais mais importantes do País, principalmente, após ter ganhado o prêmio Petrobras. Paralelamente, o grupo tem atividades que se consagraram, em Campo Grande, como o Seminário Arena Aberta com cerca de quatro edições por ano, estabelecendo um diálogo sobre arte, política pública, dança, teatro e gastronomia. Há 7 anos o grupo também realiza o Sarobá, evento realizado com a ocupação de espaços públicos na cidade.

Apesar de muita comemoração, a companhia não esconde os desafios para garantir a arte de rua em Campo Grande. "Nos últimos anos tivemos uma repressão policial muito forte em cima da arte de rua, em todas as linguagens. A burocracia de um decreto, onde a Prefeitura exige documentos e até taxa para ocupação dos espaços públicos, também é um fator que dificulta. Mas o nosso desafio é conquistar estes espaços para manifestação cultural, política e artística", finaliza. 

Programação - As apresentações inciaram no domingo e hoje o repertório continua com o espetáculo “Tekoha - ritual de vida e morte do deus pequeno” no Sarau na Larica's na Orla Ferroviária, às 20h, em frente a Morada dos Baís. 

Amanhã haverá intervenções “Cabeça de papelão no calçadão da Rua Barão do Rio Branco, ao meio dia, e “Operário em construção na Praça Ari Coelho, às 17h.

Na quinta-feira é a vez da obra mais conhecida do grupo “Areôtorare – o verbo negro e Bororó do índio profeta” na feira livre da Orla Morena, às 20h.

Sexta-feira tem intervenção “Ferro em Brasa” na praça Ary Coelho, ao meio dia. 

No sábado é a vez do "Seminário Arena Aberta - A rua que te pariu" na sete do Teatro Imaginário Maracangalha, na Rua Nicolau Fragelli, 86, Bairro Amambaí, às 15h. 

A comemoração encerra, às 20h, no bar Bola 7 com o "Rendevu buteco que te pariu", levando performance, happening, poesia e música.

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