Artes

Da história que virou lenda urbana, Bruxa da Sapolândia renasce hoje em livro

Lançamento é hoje (27) às 19h30 na Esplanada Ferroviária

Thailla Torres | 27/10/2017 09:15
Fotografia de Célia Souza ao lado de um caixão em 1969.
Fotografia de Célia Souza ao lado de um caixão em 1969.

Uma obra de ficção chegou para dar desfecho à história de Célia de Souza, a mulher conhecida como "Bruxa da Sapolândia" que assombrou milhares de moradores na década de 1960. A história virou romance sob olhar do escritor, André Luiz Alvez, que será lançado hoje (27) no Esplanada Ferroviária, em Campo Grande.

Embora a personagem tenha existido, André parte de uma história real, mas romantizada. Nascido e criado no bairro Amambaí, André conviveu com pessoas que conhecerem de perto a história.

Conforme um processo do Tribunal de Justiça, que correu entre 1969 e 1971. Os arquivos revelam que a história começa em 11 de janeiro de 1969, com a denúncia de quatro crianças que foram mortas por espancamento, fome, maus-tratos e rituais de “saravá”. Das vítimas, três foram enterradas nos quintais de duas residências.

A polícia foi a casa de Célia, no quintal, ela indicou onde estavam enterrados duas crianças, um menino e uma menina: Jesus Aparecido Larson, que morreu em agosto de 1967, e Dirce Silva, falecida em maio de 1967. A retirada dos corpos, sepultados em covas rasas, foi acompanhada pela imprensa, que eternizou em fotos a mulher agachada ao lado de um caixão e fumando cigarro.

O livro "A Bruxa da Sapolândia" foi um dos projetos selecionados pela Fundação de Cultura do Estado e recebeu verbas do FIC (Fundo de Investimento à Cultura) para publicação.

O lançamento será hoje (27) às 19h30, na Esplanada Ferroviária. A entrada é gratuita.

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