Artes

Corpos viram telas na Rotunda, em projeto com arte e fotografia

Thailla Torres | 29/03/2016 06:56
Longe dos papéis, a artista revelou o talento desenhando em pessoas. (Foto: Letícia Sicsú)
Longe dos papéis, a artista revelou o talento desenhando em pessoas. (Foto: Letícia Sicsú)

Para duas amigas, a criatividade e a vontade de se expressar foram suficientes para uma aventura fotográfica que integra vários tipos de arte.

Em uma conversa informal, surgiu o Projeto Uno, que propõe mostrar por meio da fotografia o artista, a sensibilidade e até a adrenalina dentro do processo criativo. A primeira edição captou os movimentos e emoção de um bailarino em São Paulo. A segunda parou em Campo Grande, com as artes plásticas como roteiro.

Letícia Sicsú é psicóloga e foi na fotografia que descobriu sua maior paixão. Marina Tonon é artista plástica e aceitou esquecer as telas e expressar sua arte desenhando nos corpos de 10 amigos, para que a amiga fosse registrando cada traço em fotos.

O espaço escolhido para a experiência foi a Rotunda, antiga oficina de trens na região da Esplanada Ferroviária. “A gente conversou e queríamos algo que não fosse com papel e sim nos corpos. Ela me deixou livre, a única coisa que acertamos foi o local e no momento houve a intervenção”, relata Letícia.

Para Marina, o projeto foi desafiador. “O meu processo de criação é muito meu. Eu me recolho em meio a tempestade de coisas que se passam na minha cabeça e mesmo que eu não trabalhe com prévias, criar as coisas de maneira instantânea é desafiador. Ter alguém me fotografando enquanto eu trabalho as ideias, apenas com meus fones de ouvido, foi uma experiência interessante”.

Ainda nova, Letícia carregava a câmera em eventos familiares, até que um dia recebeu o convite para fotografar o noivado de um casal de amigos. Mesmo advertindo que não tinha equipamento profissional, aceitou o desafio que deu certo e a partir daí não parou mais.

Morando em São Paulo há 2 anos, o trabalho como fotografa é mais dedicado a casamentos e noivados. Mas ao visitar a Campo Grande, buscou realizar projetos paralelos em pudesse se expressar com liberdade. “O que motiva com relação a fotografia é sempre buscar algo novo, mesmo que em uma mesma imagem. É observar sua textura, sua cor e forma. É enxergar uma sensibilidade além do que os olhos podem ver. Cada canto que percorremos tem sua subjetividade, individualidade e inspiração e isso me cativa”, diz.

Veja o resultado do trabalho:

 

(Fotos: Letícia Sicsú)
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