Artes

Com gorros de Papai Noel, artistas realizam performance contra calote de editais

Naiane Mesquita | 02/12/2016 21:17
Protesto de profissionais culturais na tarde de hoje em frente a Prefeitura de Campo Grande (Foto: Fernando Antunes)
Protesto de profissionais culturais na tarde de hoje em frente a Prefeitura de Campo Grande (Foto: Fernando Antunes)

Usando gorros de Papai Noel, típicos da época do ano, e com fogos de artíficio em mãos, artistas de Campo Grande realizaram mais um protesto em frente a Prefeitura Municipal na tarde de hoje. Sem recursos para a realização de projetos culturais desde 2014, os profissionais tentam a todo custo obter respostas da gestão sobre o não cumprimento de editais de fomento.

A performance "Assalto de Natal" foi assinada pelo Teatro Imaginário Maracangalha, com supervisão do diretor Fernando Cruz, 53 anos. "É um ato contra o não cumprimento dos editais desde 2014. Estamos sem investimentos na cultura, passamos por 2015 e 2016 dessa forma. O resultado foi divulgado, fomos convocados a levar a documentação para a liberação do dinheiro duas vezes e até agora nada", explica Fernando.

Cantando músicas natalinas e com cartazes que falam sobre a atual situação de sucateamento da cultura, os artistas representaram o momento de indignação e abandono dos investimentos na pasta.

"Estamos sem investimentos públicos mais uma vez. Muito triste, é um calote que prejudica a arte de Mato Grosso do Sul, mostra o atual respeito que o poder público tem com a classe artística", acredita Fernando.

Artistas levaram faixas que mostram a luta pela valorização ao longo dos anos (Foto: Fernando Antunes)

Essa é o segundo ato que os artistas realizam em frente a Prefeitura Municipal de Campo Grande. Na tarde de ontem, o artista Thiago Silva de Moraes, 29 anos, ao lado de outros profissionais encenou a performance "Queremos nosso dinheiro", relembrando o calote dos editais Fmic (Fundo Municipal de Cultura de Campo Grande) e Fomteatro (Programa de Fomento ao teatro de Campo Grande).

"Ficamos das 15h30 às 18 horas no canteiro da Afonso Pena em frente a prefeitura. Lutamos contra o descaso, as pessoas acreditam que somos vagabundos, mas somos trabalhadores, empresários, como de qualquer outro setor. Trabalhamos muito, as vezes em dois empregos por causa da falta de investimentos e queremos apenas que o foi delimitado por edital seja cumprido", frisa.

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