Artes

Capivaras Urbanas são vendidas, mas nenhuma vai decorar residências

Todas foram arrematadas pelo lance mínimo, que será doado para instituições de caridade

Thaís Pimenta | 21/03/2018 07:41
Guto Naveira, Rafael Amaral, o diretor da Águas Guariroba, Daniel de Castro e Rodrigo. (Foto: Thaís Pimenta)
Guto Naveira, Rafael Amaral, o diretor da Águas Guariroba, Daniel de Castro e Rodrigo. (Foto: Thaís Pimenta)

A terceira e última fase do projeto Capivara Urbana ocorreu ontem à noite em Campo Grande, com leilão de quatro das cinco obras do artista plástico Cleir Ávila. Uma delas, a "Capivara Morena", finalizada com a pintura do mesmo escultor, foi doada para a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur) e vai continuar itinerante, passeando pelos pontos turísticos de Campo Grande, como diz Laura Miranda, Secretária-Adjunta da Sectur. "A gente cantou a bola com a Águas Guariroba, organizadora do projeto, para deixar essa conosco, que é bem especial, traz a a bandeira da nossa cidade. Queremos deixar ela nos espaços que mais recebem turistas e também em locais da cultura, como a Feira Central", explica.

A "Capipê", de Isaac de Oliveira, a "Poesia", de Guto Naveira, a "Urbês", de Ana Ruas, e a "Indian Caduveu Popstar", de Jonir Figueiredo foram arrematadas, cada uma, pelo lance mínimo de R$ 10 mil, em um leilão super rápido, que durou cerca de dez minutos, em uma solução bem caseira.

Capivara Morena foi doada para a Sectur. (Foto: Thaís Pimenta)
Guto Naveira e a Poesia. (Foto: Thaís Pimenta)

A Urbês foi arrematada pela agência de publicidade e propaganda Compet, idealizadora da campanha da Águas. Agora é do publicitário Rafael Amaral. "Estávamos a fim dessa obra específica desde o começo, porque ela faz refletir sobre o número de acidentes envolvendo esses animais nas vias de trânsito dentro e fora da cidade. Ela tem tudo a ver com um ambiente criativo como a Compet", justifica.

O grafiteiro e artista plástico Guto Naveira arrematou a própria obra, sua homenagem ao poeta das coisas miúdas do Pantanal, o Manoel de Barros. "É uma atitude continuada, fomentando essa campanha especial. Vale a pena porque a peça é única, exclusiva, e claro, o apego é muito grande, e a gente tem pretensão de com ela, fomentar novas ações junto com a Compet de outas campanhas".

A Indian Caduveu Popstar e a Capipê foram para um comprador anônimo. A única informação é que a peça de Isaac de Oliveira vai para uma mulher que deve colocá-la em sua chácara. Já a obra de Jonir foi comprada por Daniel de Castro para um cliente, que não teve nenhuma informação divulgada.

Toda a renda arrecadada por meio do leilão é doada para instituições de caridade do Estado, dentre elas, a Associação de Capacitação e Instrução de Economia Solidárias do Povo (Aciesp). "Pra gente é muito bom, mesmo que seja pouco, faz muito dentro da nossa casa. Vamos reverter o dinheiro para o projeto Cegonha, para ajudar as mães da periferia", diz Ceurecy Santiago, vice-presidente.

As capivarinhas foram apresentadas em agosto de 2017, e passaram por pontos de grande movimentação de público da cidade, como o Sesc Morada dos Baís, Praça Ary Coelho, Orla Morena, Parque das Nações Indígenas, Terminal Rodoviário, Aeroporto, Shoppings Bosque dos Ipês, Pátio Central, Norte Sul e Museu de Arte Contemporânea. A ação foi um presente pelos 118 anos da cidade.

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Leilão marcou a terceira e última fase do projeto Capivara Urbana. (Foto: Thaís Pimenta)
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