Artes

Campo Grande sedia, pela 1ª vez, Festival do Teatro Brasileiro; confira as datas

Elverson Cardozo | 18/06/2013 06:30
"A carne do mundo", um dos espetáculos que será apresentado no Festival. (Foto: Reprodução/Internet)
"A carne do mundo", um dos espetáculos que será apresentado no Festival. (Foto: Reprodução/Internet)

Mato Grosso do Sul vai receber, pela primeira vez, as atrações do FTB (Festival do Teatro Brasileiro). Em sua 14ª edição, o evento, que acontecerá em Campo Grande, de 23 de junho a 7 de julho, vai reunir uma amostra da produção cênica do Distrito Federal, nas áreas de teatro, dança e circo.

A programação conta com 11 espetáculos, 24 apresentações, incluindo as exclusivas para alunos da rede pública de ensino. Na lista também há oficinas, ações de fortalecimento das artes cênicas no Brasil e rodadas de negócios. Grande parte das peças terá entrada gratuita.

Os preços das que serão cobradas variam de R$ 10,00 a R$ 20,00. A classificação etária vai de livre à “não recomendada para menores de 18 anos”. As apresentações serão dividas entre os teatros Aracy Balabanian, Glauce Rocha e Pros, no Sesc Horto. Alguns espetáculos serão encenados na rua. A avenida Afonso Pena, próximo ao Parque das Nações Indígenas, é um dos locais escolhidos, por exemplo.

Apresentações - Entre os espetáculos selecionados, está “A carne do mundo”, da Companhia B de Teatro. A história se molda entre o consciente e o inconsciente de um casal. A intimidade dos atores com a plateia acaba por revelar um jogo de voyerismo.

A relação do corpo com Brasília é o tema de “Cidade em Plano”, espetáculo de dança contemporânea que será apresentando pela Anti Status Quo Companhia de Dança”. O açougue é o ambiente de “Cru”, peça da Cia Plágio de Teatro. A história, ambientada em um açougue, fala sobre o jagunço Cunha, o travesti Frutinha e um forasteiro.

“Cru”, peça da Cia Plágio de Teatro. (Foto: Reprodução/Internet)

Entre os trabalhos destinados ao público infantil está “O marajá sonhador e outras histórias”, da Cia Os Buriti Teatro de Dança, que será apresentado no Sesc Horto. No palco, o grupo vai contar, narrar, dançar e dramatizar sobre seis histórias que resgatam os aspectos simbólicos e mágicos da cultura brasileira. Tudo será feito com o acompanhamento de músicos. A mesma companhia vai encenar o “Canto de Encontro”, espetáculo com música, cantos e histórias para toda a família.

Estes são só algumas peças do Festival. Segundo divulgado, a curadoria, de responsabilidade de Ana Paulo Bouzas e Fábio Espírito Santo, prezou pela qualidade dos espetáculos e as diversidades de linguagens existentes.

Idealizador e coordenador do Festival, Sérgio Bacelar afirmou que a proposta maior é viabilizar, por meio de outros circuitos, as artes cênicas no Brasil. “É isso que a gente vem fazendo, aproximando as culturas dos estados, os ‘fazedores’ de teatro, tentando criar um elo profissional”.

A escolha de Campo Grande como sede desta edição atende, segundo ele, uma “complementação de política de estudo”, mas o aspecto histórico e cultural da cidade foi levado em consideração. “Vocês têm uma expressão de dança de rua muito relevante, apesar de pouco conhecido”, disse, exemplificando.

No Estado, o “FTB – Cena Distrito Federal” tem o apoio da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), governo estadual. O patrocínio é do Fundo de Apoio à Cultura, da Secretaria de Cultura do Distrito Federal e do governo do Distrito Federal.

Histórico – O FTB começou a ser desenhado em 1997. Na época, o grupo Alecrim Produções Artísticas iniciou sua produção em Brasília, com peças de grupos da Bahia. A primeira edição da mostra aconteceu dois anos depois, em 1999.

"O Cano", do Circo Teatro Udigrudi. (Foto: Marcelo Dischinger)

Os resultados levaram à realização, no próximo ano, da segunda edição. Em dois anos, o projeto amadureceu, ganhou notoriedade e passou a se chamar Festival de Teatro Brasileiro. Desde então, seis cenas já foram destacadas pela iniciativa: a baina, pernambucana, cearense, mineira, gaúcha e paranaense.

No ano passado, entre maio e junho, espetáculos gaúchos foram apresentados para mais de 56 mil pessoas em Goiás e no Distrito Federal. O objetivo do Festival evento é promover o intercâmbio cultural entre os estados brasileiros, formar platéias e melhorar o acesso do público ao teatro, sem distinção de classe social. As apresentações têm preços populares ou são de graça.

Além de promover a democratização e o acesso aos bens culturais, a iniciativa também contribui para qualificação de profissionais envolvidos na cadeia produtiva das artes cênicas.

Para ter acesso à programação, faça o donwload do folheto de divulgação. Outras informações podem ser obtidas no blog do festival, na Alecrim Produções Artísticas ou na Fan Page do evento.

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