Arquitetura

Na fase final do Cidade Limpa, paisagem começa a mudar no Centro

Paula Vitorino | 25/05/2012 15:37
Visual do Centro mudou. (Fotos: Minamar Júnior)
Visual do Centro mudou. (Fotos: Minamar Júnior)

A uma semana do fim do prazo da 3ª etapa do Cidade Limpa, o visual do Centro de Campo Grande está diferente. Muitas fachadas de lojas estão “peladas”, sem letreiro, ou em reforma para a colocação do novo painel publicitário.

Os proprietários têm até o próximo dia 31 para retirar as fachadas que não se enquadram ao projeto, que tem o objetivo de despoluição visual do comércio.

Esta etapa compreende 780 estabelecimentos, no quadrilátero que compreende as ruas Mato Grosso, Calógeras, Afonso Pena e Rui Barbosa.

Na loja Le Postiche, o letreiro antigo já foi retirado e uma nova fachada feita. A gerente Mari Garcez diz que os proprietários receberam o comunicado da Prefeitura e se programaram para fazer a alteração dentro do prazo e não deixar a loja sem letreiro.

Ela frisa que muitos estabelecimentos deixaram para a última hora e correm o risco de não conseguirem cumprir o prazo.

O letreiro da loja Bumerang ainda não foi retirado e a gerente, Seigra Oliveira, afirma que está os comerciantes precisaram “entrar na agenda” dos profissionais que realizam esse tipo de serviço.

“Todo mundo está retirando ao mesmo tempo. Estamos esperando só o profissional vir fazer a retirada”, diz.

Ela diz que a loja já está com o projeto para o novo painel pronto e aprova a mudança. “Já está tudo preparado para não deixar a loja sem letreiro. Vai ficar muito mais bonito, limpo, o Centro. Sem aquele monte de enfeite, que parece que uma loja quer aparecer mais que a outra”, explica.

Algumas lojas já começaram a trocar a fachada.

Gasto - A mudança do letreiro também representa gasto extra para os comerciantes. O proprietário da ótica Nakasse, Roberto, afirma que vai gastar entre R$ 4 e R$ 5 mil, no mínimo, para trocar o letreiro.

Ele reclama que esse é um gasto desnecessário, que não estava dentro do orçamento, já que a previsão de troca do letreiro seria só para os próximos 5 anos. “Meu letreiro está bom ainda, não ia precisar gastar com isso agora”, diz.

O comerciante afirma que irá retirar o letreiro dentro do prazo, mas ainda não tem previsão para colocar um novo painel.

Normas - O diretor de controle urbanístico da Semadur, Waldiney Costa da Silva,explica que não existe prazo para a colocação de novo painel, mas que é de interesse do comerciante colocar a logotipo da loja e zelar pela fachada.

Os novos painéis devem ter alvará da Prefeitura e atender as normas do projeto, entre elas a não utilização de toldo maior que 15 cm em direção a calçada, o tamanho da letra e do painel, que variam de acordo com o espaço utilizado.

Só é permitido um letreiro por estabelecimento, com exceção para os que ficam nas esquinas, que podem colocar um para cada rua.

O proprietário que não cumprir os prazos e regras é notificado, recebendo prazo de 15 dias para se adequar. Caso contrário, recebe multa de R$ 5 mil, que em caso de reincidência tem acréscimo de R$ 1 mil para cada metro irregular. Até o momento 11 multas foram aplicadas.

Etapas - A implantação do Cidade Limpa termina no dia 30 de setembro deste ano, com o fim da 4ª etapa, que terá início no dia 1º de junho.

Nesta última etapa serão compreendidos os estabelecimentos que compreendem a região avenida Mato Grosso, rua Padre João Crippa, avenida Afonso Pena, rua Pedro Celestino, avenida Fernando Corrêa da Costa, rua Rosa Cruz, avenida Ernesto Geisel, Afonso Pena e Rui Barbosa.

Nas duas primeiras etapas, foram compreendidos 452 comércios entre as ruas Afonso Pena, Alan Cardec, Dom Aquino, Ernesto Geisel, Mato Grosso, Calógeras, Rui Barbosa e 14 de Julho.

Ao final, serão 2.060 mil comércios participantes do Cidade Limpa.

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