Arquitetura

No meio da cidade, Lourdes fez do jardim de casa um refúgio tranquilo

Quintal da residência é repleto de plantas e a moradora perdeus as contas de quantas cultiva

Jéssica Fernandes | 05/12/2021 08:00
Lourdes na passarela da casa onde reside.(Foto: Kísie Ainõa)
Lourdes na passarela da casa onde reside.(Foto: Kísie Ainõa)

Na Rua Gravataí, a residência da Lourdes Queiroz, 69 anos, é sinônimo de conforto, sossego e refúgio. O charme do imóvel é o vasto jardim que reúne diversas flores, árvores frutíferas e plantas. Há 47 anos no local, o espaço natural é motivo de orgulho e fonte de memórias boas. 

Localizada no Bairro Cruzeiro, é possível ver da calçada a pequena floresta que ela cuida e rega com muita dedicação. No portão, quem quiser conversar com a moradora, precisa antes tocar o charmoso sino de ferro decorado com um passarinho. 

Depois de ouvir o som da campainha rústica, Lourdes percorreu a passarela que é constituída por um portal de árvores. Ela chegou um pouco desconfiada, a princípio não entendeu o interesse no espaço, mas abriu o portão com um sorriso para mostrar o quintal.

Moradora toca o sino de ferro com passarinho.(Foto: Kísie Ainõa)

Ao Lado B, ela contou que se mudou para a residência após casar com o marido, Benedito José. Ambos ficaram juntos durante 44 anos, pois o marido veio a falecer há três anos. Décadas antes de partir, Benedito plantou a maioria das árvores que continuam firmes no terreno da casa. 

Hoje, Lourdes segue regando o pé de cajamanga, ameixa japonesa, pimenta do reino, carambola, mamão, banana, abacate, cereja, gengibre, além das orquídeas, resedás e begônias. Em meio às flores de verdade, artificiais completam o cenário e trazem cor para o excesso de verde. 

Quando chegou, o terreno estava vazio e sem qualquer vestígio de plantas. Ao lado do esposo, construiu a casa e fez o jardim. “Quando fomos casar, meu sogro deu para o meu esposo o terreno e nós construímos. Essa é a minha primeira e única casa até hoje. Aqui meus filhos brincaram de pega pega, nas árvores e na rua porque tinham poucas casas”, diz.

Placa é uma das decorações do quintal.(Foto: Kísie Ainõa)

Além de mãe da Regina Célia e do Fábio Aparecido, Lourdes também é avô de duas meninas e três meninos. Na calçada, assinaturas no concreto revelam a identidade de alguns dos cinco netos. Embora seja viúva, a dona da residência nunca está sozinha, pois o quintal é frequentado por crianças da vizinhança brincam livremente no ambiente. “Eles me chamam de vô Luds, vem brincar a tarde”, conta.

Orgulhosa, ela fez questão de mostrar todas as plantas e, por ter muitas, já perdeu as contas e não sabe o nome de algumas. Ainda assim, dá dicas sobre a utilidades e benefícios medicinais de certas espécies. “Esse aqui é o mamão mate, para quem tem diabetes é bom tomar o chá da flor”, explica.

No refúgio arborizado da Lourdes, o som dos pássaros é constante. Na refrescância do jardim, ela passa as tardes e quase não sente o calor que atinge o restante da cidade. No final da entrevista, ela fez questão de passar um batom e pousar alegre no jardim.

Quintal é repleto de árvores e plantas.(Foto: Kísie Ainõa)

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