Arquitetura

Fim do abandono? Projeto mostra como ficará Rotunda após reforma

Iphan entregou projeto em 2020 e agora a execução está nas mãos da Prefeitura.

Thailla Torres | 20/07/2021 11:05
Projeto apresenta Rotunda mais "viva", diferente do cenário de abandono atual. (Foto: Iphan)
Projeto apresenta Rotunda mais "viva", diferente do cenário de abandono atual. (Foto: Iphan)

O acúmulo de lixo no entorno da Rotunda, uma grande área que vive à espera de uso e recurso em Campo Grande, pode dar lugar à sala de música, restaurante, cinema, biblioteca e espaços culturais se o projeto de revitalização que foi entregue à prefeitura sair do papel.

Imagens do projeto divulgadas pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) mostram uma Rotunda Ferroviária mais “viva”, destinado à movimentação da cultura e turismo, longe do cenário atual de abandono, vandalismo e “moradia” de usuários de drogas.

Acessada a partir do cruzamento da Eça de Queiroz com a Rua 14 de Julho, a rotunda é hoje uma construção circular, em tom terroso do tijolo aparente e coberta por telhas que resistem ao tempo. Lá, os trens eram colocados para conserto, cada um em sua baia. No topo, a logomarca NOB, que demarcava a propriedade da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil.

Rotunda vai ganhar esquadrias em conjunto com os tijolinhos aparentes. (Foto: Iphan)

O projeto entregue aponta que a Rotunda manterá estrutura original e será enriquecida com esquadrias que ressaltam os tijolinhos aparentes. Serão construídas áreas para eventos, exposições, aulas de teatro, músicas e oficinas.

Haverá quatro edificações. Uma é a Rotunda, o prédio maior, com área técnica, espaço para exposições, teatro com capacidade para 250 lugares, salas multimídias, complexo administrativo, café com cozinha industrial, cineclube, banheiros, espaço para eventos e uma biblioteca como sede do Arquivo Histórico de Campo Grande.

A edificação menor, com aproximadamente 500 metros quadrados vai abrir o restaurante. Também haverá um galpão das artes com espaços amplos para ensaios de teatro, música, danças, oficinas de arte e aulas de instrumentos, além de um galpão especial para sanitários e vestiários.

O projeto, segundo o Iphan, foi entregue à prefeitura em 12 de outubro de 2020. Agora, “a etapa de execução da obra está a cargo do governo municipal”, informou o órgão por meio da assessoria de imprensa.

O Iphan também informou que “está aberto à formação de parcerias para construir conjuntamente propostas, assim como buscar, dentro de suas possibilidades, a execução deste e de outros projetos e obras para a área tombada em nível federal, considerando a sua importância cultural”.

O Lado B entrou em contato com a prefeitura, que ainda não informou sobre os planos para recursos e execução do projeto.

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