Arquitetura

Aristides mantém amor de 62 anos em 'fazendinha' com estúdio de rádio

Aos 8 anos, Aristides se apaixonou por rádios e desde então decidiu que não abandonaria a profissão

Por Aletheya Alves | 06/12/2023 07:11
Aristides criou estúdio para rádio web em "fazendinha" na Vila Bandeirantes. (Foto: Alex Machado)
Aristides criou estúdio para rádio web em "fazendinha" na Vila Bandeirantes. (Foto: Alex Machado)

Nos fundos do quintal cheio de árvores, Aristides Cordeiro se orgulha em dizer que a casa na Vila Bandeirantes é a “Fazendinha da Tribuna do Pantanal”. Ali, aos 70 anos, ele mantém o amor por rádios que começou quando era um menino de 8. 

“Eu cresci e fui mal criado em Ponta Porã. Lá, eu ficava na lateral do campo de futebol narrando os jogos até que o responsável por um dos times me viu e perguntou se eu queria fazer aquilo direito”, introduz o apresentador sobre sua história com os microfones. Na época, Aristides ganhou um gravador e, desde então, não parou mais. 

Apaixonado também por futebol, ele explica que o amor se direcionava aos jogos e à narração. Tanto é que, como detalha, até jogador ele se tornou e veio para Campo Grande atuar na área.

Casa nos fundos de longo quintal guarda a paixão do radialista amador. (Foto: Alex Machado)
Espaço criado por ele recebe convidados durante programação semanal. (Foto: Alex Machado)

Deixando de lado sua narrativa como jogador, ele se concentra em dizer que o que permaneceu foi o gosto por rádio. “Eu enjoei de futebol, mas rádio eu nunca parei. Essa rádio que tenho aqui já tem mais de 20 anos, mas comecei com ela sendo comunitária e não web rádio”. 

Já tendo passado por diversos endereços para trabalhar narrando, o atual surpreende quem chega por ser um composto por árvores e uma casa que nada se parece com estúdios. “Quando vim para Campo Grande, estava uma febre de rádio comunitária. Qualquer um abria a sua e falava que era rádio comunitária, aí trabalhei em duas e depois decidi abrir a minha”, diz. 

Aristides comenta que seguiu essa lógica, mas após ter seus equipamentos apreendidos por não se encaixarem na regulamentação das rádios comunitárias, migrou para o sistema online. 

“Surgiu também tudo indo para a internet e ficavam me falando para fazer isso. Foi assim que criei a Tribuna e ela segue até hoje”, comenta Aristides. 

Brincando que a voz não é das mais tradicionais, o apresentador justifica que os anos de trabalho fizeram com que ele tivesse conhecimento suficiente para continuar. E, nem aos 70 anos, ele pensa em abandonar o barco. 

“Sendo sincero, não sei o motivo de não ter abandonado até hoje. A rádio sempre foi um hobby e continua sendo até hoje, acho que por isso gosto tanto. Não é uma coisa para eu ficar rico”, comenta Aristides. 

Sobre o atual endereço do trabalho, ele diz que está ali há cerca de três meses e, por isso, o ambiente ainda está em fase de ajustes. Em um dos quartos, a ideia é que seja implementado seu escritório, enquanto no outro já há o estúdio. 

Com isolamento feito com cartelas de ovos, o apresentador entra na sala diariamente. “Entro aqui, sento e faço os programas. A rádio é 24 horas, mas a gente tem programação ao vivo também”. 

E, completando sobre seu amor, ele brinca que nem as diversas mudanças fizeram com que a paixão acabasse. “É o que eu gosto de fazer. Acho interessante que as pessoas saibam como que as coisas começaram e eu fui os dos primeiros a ter a rádio web”, completa. 

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