Jogo Aberto

Zeca diz não ter como bancar campanha para governador

Anahi Zurutuza, Aline dos Santos e Caroline Maldonado | 04/05/2022 06:00
Zeca do PT durante entrevista ao Campo Grande News enquanto candidato ao Senado. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
Zeca do PT durante entrevista ao Campo Grande News enquanto candidato ao Senado. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

O mundo dá voltas - Na política, nada como um dia depois do outro... No início de abril, o ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, reagiu à nota publicada pela coluna Jogo Aberto, que o colocava como pré-candidato a deputado estadual. O petista ligou para redação do Campo Grande News e garantiu não ter qualquer projeto para a Assembleia Legislativa. Mas, conforme antecipou a coluna, Zeca quer entrar na disputa para voltar ao Legislativo estadual.

Vem aí – Zeca tem pedido apoio a amigos e colegas de partido. Mesmo assim, para ser candidato, ainda precisa reverter condenação do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e reaver seus direitos políticos.

Sem dinheiro – À coluna, Zeca confirmou nesta terça-feira (3) que disputar a vaga de governador seria um projeto muito arriscado. “Desisti, porque não tenho estrutura financeira para uma campanha com esse custo, 15... 20 milhões de reais. O PT nacional já priorizou os recursos para a campanha do Lula, que é o correto, eu concordo, e para as campanhas de deputados federais, que são importantes para a gente fazer as reformas que o Brasil precisa. Estou com 72 anos e não posso entrar numa campanha para sair devendo”, explicou.

Pé no chão – O ex-governador afirmou que tem projeto político “pé no chão”. “Me curvei à vontade do PT, da militância, de amigos e topei a minha candidatura a deputado estadual. Por essa razão, vou fazer uma campanha pé no chão e vamos ver no que vai dar”.

Bonde - O ex-secretário de Estado de Infraestrutura e pré-candidato ao governo, Eduardo Riedel (PSDB), reafirmou na terça-feira (6), em entrevista ao Campo Grande News, que tem apoio até de antecessores de Reinaldo Azambuja (PSDB). “O apoio do atual governador é muito bem-vindo, como tenho apoio de ex-governadores que já se declararam. Entendendo que é o melhor projeto para MS”. Questionado se era Zeca do PT, o pré-candidato tucano confirmou. “Ele declarou e eu agradeci, não dispenso apoio de ninguém”, concluiu.

Calote – O juiz Giordano Resende Costa, da 4ª Vara Cível de Brasília, determinou o bloqueio das contas correntes e aplicações financeiras do deputado federal Loester Carlos Gomes de Souza, o Trutis (PL-MS). Conforme apurado pelo site MS em Brasília, o objetivo é garantir recursos para quitar débito de R$ 26.636,37 do parlamentar com locadora de veículos.

Blindado – Ainda conforme a apuração do portal, a ação de cobrança foi ajuizada em 4 de abril de 2021 e refere-se a falta de pagamentos de três meses do aluguel de um veículo Hyundai Azera 3.0, blindado. A empresa cobra ainda R$ 3.753,05 proporcionais a fevereiro de 2020 e a janeiro de 2021, além de R$ 1.208,00 relacionados a danos no veículo e R$ 675,32 a multas de trânsito.

Fuga – Na decisão do dia 25 de abril, apurou o MS em Brasília, o magistrado acolheu argumento da locadora de que Trutis estaria “fugindo da Justiça” para não ser citado sobre o processo, estratégia semelhante à adotada pelo parlamentar para não “tomar conhecimento” sobre ação que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal), resultado do inquérito que investigou o deputado por forjar atentado contra a própria vida. 

Nada de panfletos - Durante campanha eleitoral, vereador nenhum pode usar dinheiro público de verba indenizatória para serviços gráficos, ou seja, não vale imprimir nenhum tipo de panfleto para divulgar o mandato. Essa é apenas uma das regras que vigoram a partir do dia 2 de julho deste ano, três meses antes das eleições.

Protegendo o dinheiro - Os vereadores também não poderão pagar por elaboração, manutenção e hospedagem de sites, gestão de serviços de redes sociais e pesquisas, conforme ato da Presidência da Câmara Municipal publicado na terça-feira (3). A decisão do presidente Carlos Augusto Borges, “Carlão”, deixa claro que dinheiro público é só para atividades de mandato, nada de campanha eleitoral.

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