Jogo Aberto

Servidor que usou cargo para captar cliente é enquadrado

Anahi Zurutuza, Humberto Marques e Leonardo Rocha | 26/06/2019 06:00
Advogados e juízes fizeram protesto contra Sérgio Moro no Fórum de Campo Grande e pediram afastamento do ministro da Ajufe. (Foto: Paulo Francis)
Advogados e juízes fizeram protesto contra Sérgio Moro no Fórum de Campo Grande e pediram afastamento do ministro da Ajufe. (Foto: Paulo Francis)

Suspensão – Um grupo de 30 juízes federais, incluindo a juíza de Mato Grosso do Sul, Raquel Domingues do Amaral, quer a suspensão de Sérgio Moro das atividades promovidas pela Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil). Ele é sócio benemérito da entidade.

Exclusão – Os magistrados querem que a conduta do ex-juiz federal, colocada em xeque por denúncias publicadas pelo site The Intercept, sejam investigada. Se ficar comprovado desrespeito ao estatuto e prejuízo moral à Ajufe ou ao Estado Democrático de Direito, para o grupo, Moro deve ser excluído do quadro social da associação.

Alhos e bugalhos – Recomendação assinada pelo promotor Marcos André Sant’Ana Cardoso enquadrou o servidor municipal e então gerente de Turismo de Coxim, o turismólogo, Ariel Albrecht, para que não misture as atividades pública e privada e deixe de exercer atividade econômica “incompatível” ao cargo que exerce atualmente.

Pegou mal – Denúncia encaminhada ao Ministério Público aponta que, em janeiro de 2013, logo após assumir a Gerência de Turismo, Ariel teria indicado a uma turista que contratasse serviços de agência de turismo e pousada sob sua responsabilidade, afrontando o Estatuto dos Servidores. Com a recomendação, espera-se evitar “eventuais demandas judiciais”.

Dia de gala - O deputado estadual Renan Contar (PSL) revelou que vai assumir no mês que vem a direção municipal do PSL em Campo Grande. Eles estão preparando um evento com a participação das lideranças locais, além de trazer políticos de outros estados que fazem parte da sigla. "Não confirmamos a data ainda, porque estamos organizando as agendas. Queremos fazer um evento legal, com a presença de convidados", disse ele.

Bastão empacado - Apesar de anunciar que vai deixar o comando estadual do PP, o ex-prefeito Alcides Bernal (PP) ainda não chamou o deputado Evander Vendramini (PP), para passar "oficialmente o bastão". O parlamentar disse que ainda aguarda o contato de Bernal, para que a questão seja definida. Independente da mudança, o partido já tem eleição marcada para agosto, quando foi escolher o novo diretório regional.

Mesa posta - Após receber a recusa de um novo restaurante na Assembleia, o deputado Pedro Kemp (PT) pediu à mesa diretora que ao menos fosse feito um refeitório aos servidores, para que tivessem um local para comer. A ideia foi bem aceita pelo presidente da Casa, o deputado Paulo Corrêa (PSDB), que prometeu analisar o pedido. O petista elogiou o colega. "O feriado de Corpus Christi tocou o coração do presidente, e mostrou que milagres acontecem", brincou.

Arrependidos – Durante a campanha eleitoral do ano passado, os principais cabos eleitorais do atual presidente, Jair Bolsonaro, eram os policiais civis e militares de Mato Grosso do Sul, com direito a muitas armas em punho e discurso de moralidade.

Maioria esmagadora - Passados quase seis meses de governo, os cabos eleitorais já mudaram de lado. Ontem, durante protesto em Campo Grande, o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civil), Giancarlo Miranda, disse que 90% dos policiais votaram em Bolsonaro e agora se sentem traídos, por conta da reforma da previdência.

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