Jogo Aberto

Secretário recordista em salário recebe 3X do Estado

Ângela Kempfer, Mayara Bueno e Humberto Marques | 12/03/2019 06:00

Bolso cheio – O secretário de Administração Roberto Hashioka ostentou vencimentos superiores a R$ 92 mil em janeiro, conforme dados da transparência estadual. Para chegar a esse valor, ele recebe 3 vezes do Estado.

Três fontes – O vencimento de Hashioka aparece, em dados do próprio governo, composto por três fontes em janeiro. Totalizou R$ 41,7 mil em “remunerações eventuais” vindas da função de secretário especial; R$ 28,3 mil do cargo de Administração Superior Direta e R$ 22,8 mil de aposentadoria como fiscal de Obras da Agesul.

No caixa – Também aposentado e secretário, Antônio Carlos Videira (Sejusp) teve, no mesmo mês, remuneração de R$ 62,7. Foram R$ 28,3 mil na administração direta e R$ 34,4 mil a título de aposentadoria de delegado de Polícia Civil.

Ranking - Outra no topo da remuneração do funcionalismo público, Fabíola Marquetti, também servidora de carreira e procuradora-geral do Estado, recebeu R$ 68,4 mil em janeiro, graças aos tantos penduricalhos que compõem os vencimentos no órgão.

Ponta do lápis – Hashioka nega irregularidades nos pagamentos. “Recebo aposentadoria como concursado que fui da Agesul por 36 anos. E o que recebi em janeiro foi um pouco maior porque tinha a verba indenizatória da minha rescisão no Detran”, disse, lembrando que, antes da SAD, comandou o Departamento Estadual de Trânsito. “Agora tenho a aposentadoria e o salário de secretário”.

Expertise – O titular da Administração afirmou, ainda, considerar “um privilégio” poder trabalhar aos 62 anos, algo que atribui à experiência na coisa pública –também foi prefeito de Nova Andradina– “e à resiliência de quem já passou tanto tempo no serviço público”. Segundo ele, caso não estivesse secretário, outra pessoa receberia o provento. “Não há constrangimento”.

Agora é verdade? - Depois de muita pressão dos empresários, a prefeitura havia definido 1º de abril como prazo final para que grandes geradores de lixo comecem a bancar a coleta, ironicamente, o Dia da Mentira.

Mais lixo - Mas com a epidemia de dengue em Campo Grande, a data pode cair pela 4ª, para não prejudicar a rotina de coleta já estabelecida na cidade. O temor é que as empresas não cumpram a determinação imediatamente, e dejetos se acumulem pela Capital.

Otimista - O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defende o fim do percentual mínimo de gastos em saúde, anualmente definido no Orçamento Geral da União. Mas ele garante que isso não vai diminuir os investimentos no setor. A justificativa de Mandetta é que nunca esse mecanismo garantiu a melhoria do atendimento. “Talvez sem as vinculações a gente garanta até mais recursos para a saúde”, comenta.

Só documento - A partir deste mês fica mais difícil conseguir pensão por morte em caso de união estável. Medida provisória estabelece que agora é necessário apresentar prova documental para dar entrada nos papéis no INSS. Antes, processo exigia apenas prova testemunhal.  A MP foi aprovada no dia 18 de janeiro, e tem prazo de 60 dias para entrar em vigor.

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